Um homem de 37 anos foi agredido por policiais militares na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo, na manhã deste sábado (7).
Imagens gravadas por pessoas que presenciaram a ação mostram o agente dando socos, chutes e aplicando o golpe “mata-leão”, formalmente proibido pela Polícia Militar (PM) de São Paulo desde 2020.
“O homem não estava fazendo nada. A gente acabou de atender ele”, disse uma mulher nos vídeos.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) de São Paulo disse que uma equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) atendia pessoas em situação de vulnerabilidade na Praça Patriarca, quando ocorreu a agressão.
“Tá enforcando ele! Não gente, isso não pode acontecer! O que é isso? Tão dando mata-leão no homem! A própria polícia…Que despreparo é esse?”. Veja o vídeo.
A vítima foi imobilizada por dois agentes da PM. A ação causou comoção e pessoas tentaram conversar com policiais para impedir a violência.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que o homem proferiu ofensas, tentou interferir no trabalho e ameaçou os agentes. Ao ser abordado, “resistiu e precisou ser contido com algemas, momento em que mordeu um dos policiais, causando ferimentos leves”.
A PM informou ainda que analisa as imagens do ocorrido e, “caso sejam comprovados excessos, as devidas providências serão adotadas para responsabilização dos envolvidos”.
O homem foi detido por desacato e resistência e foi levado ao 8º Distrito Policial (Brás), onde foi autuado, de acordo com a SSP.
Mais uma ocorrência
O caso se junta a outra ocorrência deste mês, em que uma idosa de 63 anos e Juarez Higino, seu filho, de 39 anos, foram agredidos por policiais militares dentro da própria garagem de casa. Juarez também recebeu o golpe mata-leão.
Outro caso na praça
Outro vídeo mostra uma mulher desacordada no chão da praça. “Chama a ambulância”, dizem as pessoas aos policiais. Uma gestante também relata que sofreu agressões dos policiais e mostra marcas de chutes nas pernas.
Os agentes de abordagem do SEAS retornaram ao local após a ação policial e continuaram o trabalho de abordagem social. A pasta lamentou o ocorrido e ressalta que o trabalho do SEAS tem como objetivo a busca ativa de pessoas em situação de rua e vulnerabilidade, “garantindo escuta, ofertando acolhimento e encaminhamento para os serviços da rede socioassistencial da Prefeitura de São Paulo”.