Os mágicos vaga-lumes, animais coleópteros, estão sendo afastados dos perímetros urbanos e rurais ao longo do tempo, devido à pressão antrópica exercida pelo ser humano, como o excesso de luz e a ação de produtos químicos.
No entanto, esse não é o fim da espécie. É possível encontrá-los em algumas áreas distantes das ações humanas. Sua alimentação abrange fungos e outros microrganismos.
Segundo Romildo Gonçalves, biólogo e pesquisador da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), embora esses animais corram o risco de extinção, na realidade “a pressão humana sobre os recursos naturais faz com que essa espécie se afaste gradualmente”.
Reprodução
O período das águas é o momento de reprodução desses animais, pois é durante essa estação que o ambiente se torna mais escuro. O brilho emitido no abdome vaga-lume devido aos seus órgãos fosforescentes, também conhecido como bioluminescência, funciona como um atrativo para a reprodução.
Por esse motivo, os vaga-lumes desapareceram dos perímetros urbanos, já que a iluminação das cidades ofusca a luz que eles emitem, prejudicando sua reprodução.
-
Lobinho, bugio, cateto: 60 animais voltam à mata após tratamento médico
-
Ratos motoristas: pesquisa mostra potencial de aprendizado dos animais
-
Abrigo de animais fecha e cães precisam ser adotados com urgência
Onde encontrá-los?
No Brasil, é possível encontrá-los em unidades de conservação. Regiões do Centro-Oeste, como a Chapada dos Veadeiros (GO) e a Chapada dos Guimarães, abrigam essas espécies, uma vez que essas áreas estão repletas de cupinzeiros.
Entretanto, à medida que os cupinzeiros são removidos devido à exposição a produtos químicos, seguidos da preparação do solo com o uso de tratores para o plantio de gramíneas para o gado, os vaga-lumes também desaparecem. Por isso, mesmo em áreas distantes de grandes centros iluminados, é pouco provável encontrá-los em fazendas.
No entanto, um fato curioso é que, além de serem criaturas mágicas, os vaga-lumes são classificados como bioindicadores na recuperação de cursos d’água. Ou seja, eles ficam próximos a locais com água, como nascentes, rios e olhos d’água.