Ataque de Israel em Gaza mata ao menos 25 pessoas, incluindo 10 crianças, diz autoridade


Um ataque israelense a um prédio residencial matou pelo menos 25 pessoas, incluindo 10 crianças no norte de Gaza na noite de segunda-feira (9), disseram autoridades locais.

Entre os mortos estão todos os integrantes da família Al-Kahlout — pais, avós, filhos e netos — que foram deslocados e estavam se abrigando no prédio em Beit Hanoun quando foi atingido, disse o Dr. Munir Al-Bursh, diretor geral do Ministério da Saúde de Gaza, à CNN nesta terça-feira (10).

O escritório de mídia do governo de Gaza disse que o prédio abrigava “várias famílias e dezenas de moradores”.

O porta-voz da defesa civil de Gaza, Mahmoud Basal, disse que alguns corpos foram recuperados sob os escombros e em ruas onde “partes estavam espalhadas”.

O exército israelense afirmou que conduziu um ataque na área após identificar combatentes do Hamas que disseram estar realizando “atividades suspeitas” em um prédio.

“Estamos cientes dos relatos de uma série de baixas como resultado do ataque”, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF).

“As IDF estão operando de forma direcionada contra as organizações terroristas na Faixa de Gaza e estão tomando uma variedade de medidas para minimizar os danos a civis não envolvidos”, acrescentaram.

O ataque ao norte de Gaza ocorre enquanto Israel também desencadeia uma resposta militar na Síria após o recente colapso do regime de Assad.

O exército israelense disse que atingiu a maioria dos estoques estratégicos de armas na Síria, alegando que realizou cerca de 480 ataques em todo o país nos últimos dois dias.

As mortes no norte de Gaza estão sendo sub notificadas devido à falta de equipes de emergência e infraestrutura desde que as forças de Israel iniciaram uma operação especial na área, de acordo com Basal.

O exército israelense tem realizado uma operação intensa no norte de Gaza, visando o que diz serem militantes ressurgentes do Hamas.

Ele pediu que os civis se retirem para a área de Al-Mawasi no sul de Gaza, que designou como uma zona humanitária. Muitos palestinos se recusaram a sair, pois a região costeira tem sofrido ataques repetidos, contra o que os militares israelenses dizem ser combatentes do Hamas na área humanitária.

Entenda os conflitos no Oriente Médio

No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.

A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.

Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel. A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.

Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total. Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

Saiba quem é o líder rebelde sírio e o grupo que derrubou Bashar al-Assad



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