Israel atingiu ao menos 15 aeronaves militares da Síria, indica análise

CNN Brasil


Pelo menos 15 aeronaves militares na base aérea de Marj Ruhayyil, na Síria, foram alvo de uma série de ataques aéreos, de acordo com uma análise da CNN com base em imagens de satélite obtidas pelo Planet Labs.

A ofensiva também parece ter como alvo a infraestrutura de base.

A instalação, localizada a 30 quilômetros ao sul de Damasco, parece ter abrigado uma unidade de helicópteros Mi-25 “Hind”, vistos em imagens de satélite coletadas pelo Planet Labs em 3 de dezembro e por imagens Maxar do início deste ano.

Nos últimos dias, o Exército de Israel vem destruindo ativos militares sírios, atacando bases aéreas, portos e arsenais de armas em todo o país.

Os ataques israelenses têm como objetivo eliminar ativos militares estratégicos do regime de Bashar al-Assad, com a intenção de “evitar que caiam nas mãos de um adversário”, segundo Israel.

Até terça-feira (10), o país havia conduzido cerca de 480 ataques no total, segundo informações de um comunicado.

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

Saiba quem é o líder rebelde sírio e o grupo que derrubou Bashar al-Assad



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