A Polícia Civil de Alagoas investiga o caso da troca de dois bebês no Hospital Regional de Arapiraca, no Agreste do estado, após o Ministério Público solicitar a instauração de um inquérito.
Após dois anos, as mães descobriram que seus filhos haviam sido trocados depois que um vídeo compartilhado nas redes sociais mostrava um dos meninos em uma creche local.
O garoto era extremamente parecido com outro, que também morava na mesma região. Segundo a polícia, a investigação busca esclarecer as circunstâncias do ocorrido, com exames de DNA confirmando a troca entre os recém-nascidos.
De acordo com a delegada Maria Fernandes Porto, responsável pelas investigações, o caso é tratado com extrema cautela e seriedade.
“Recebemos o ofício do Ministério Público pedindo para que fosse instaurado o inquérito policial por uma troca de bebês em Arapiraca, no Hospital Regional. Iniciamos as apurações, já foram ouvidas testemunhas, enfermeiros, médicos, funcionários e essa investigação segue em curso. Até o momento, não temos indício de crime que tenha porventura acontecido, mas estamos em andamento porque é uma investigação muito detalhada. São dois anos após o fato, então temos que tratar o caso minuciosamente para que tudo seja esclarecido e esse inquérito seja remetido à Justiça”, informou a delegada.
A troca
O caso, que ocorreu no Hospital Regional de Arapiraca, em Alagoas, veio à tona quando duas mães descobriram que seus filhos poderiam ter sido trocados ao nascer.
Débora, de São Sebastião, e Maria Aparecida, de Craíbas, deram à luz no mesmo hospital, em fevereiro e março de 2022, respectivamente.
Ambas as crianças foram internadas na UTI neonatal, mas, devido às restrições da pandemia, as mães não tiveram contato com outras famílias, nem puderam acompanhar os bebês de perto.
Dois anos depois, Débora reconheceu, em um vídeo nas redes sociais, um menino idêntico a um de seus filhos, o que a levou a descobrir, com a ajuda de exames de DNA, que seu filho Gabriel é irmão biológico de Bernardo, que seria o filho de Maria Aparecida, enquanto Guilherme, que seria o outro filho de Débora, é, na verdade, filho biológico de Maria Aparecida.
A CNN solicitou um posicionamento à Secretaria Estadual da Saúde de Alagoas, responsável pelo hospital, e aguarda retorno.