De janeiro a setembro, quase 14 mil crianças e adolescentes passaram por procedimentos clínicos ambulatoriais ou foram internadas por ansiedade em São Paulo — número que tem crescido nos últimos anos.
O registro de menores de 17 anos atendidos ou internados por ansiedade cresceu 465,6%, ou seja, mais que quintuplicou, de 2015 para 2023, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de São Paulo. Em oito anos, o número saltou de 2.607 para 14.748 no ano passado; recorde de registros.
Os casos de depressão também aumentaram nos últimos anos entre essa faixa etária, de acordo com a pasta. Os procedimentos clínicos ambulatoriais e as internações das crianças e adolescentes relacionadas à doença mais que dobraram em oito anos. O ano de 2023 (4.903) ocupa a segunda posição entre os demais anos, atrás apenas de 2015 (5.762).
Até setembro desse ano, a secretaria contabilizou 3.125 casos de depressão. Ao longo dos anos analisados pela pasta, foram 5.748 registros de internação de crianças e adolescentes por depressão ou ansiedade.
Em nota, a SES diz que a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) para a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) é pela Atenção Básica, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), administradas pelos municípios e fortalecidos pela SES, por meio de cursos, palestras, eventos, apoio técnico em programas, projetos e ações.