Muito mais conteúdo, interatividade e conexão. O futuro da TV aberta, a TV 3.0, promete um mundo de possibilidades que o telespectador poderá acessar através do controle remoto. Quem traçou um panorama desta nova fase que a televisão brasileira vai viver foi a diretora de afiliadas da Rede Globo, Patrícia Rego, durante encontro na TV Morena, em Campo Grande, nesta terça-feira (17).
Conforme Patrícia, a TV 3.0 amplia as possibilidades da televisão aberta, sem perder a essência dessa mídia, que faz parte da cultura do brasileiro. A nova tecnologia de transmissão é uma evolução da TV 2.5, que se popularizou no Brasil a partir de 2020.
Na TV 3.0, o telespectador terá à disposição ainda mais funcionalidades para melhorar a experiência enquanto assiste a novela, o jogo de futebol e os programas de auditório do fim de semana. A mudança é discutida pelas principais emissoras do país e deve ser implementada gradativamente a partir de 2025.
“Na TV 2.5, a gente já começou a testar uma série de interatividades com o público, de uma forma discreta, mas onde começamos a entender o que o público realmente gosta de interagir, como, qual a forma, quais os conteúdos complementares que trazem mais atratividade e engajamento para o nosso conteúdo. Tudo isso faz parte dessa jornada que estamos seguindo para poder chegar na TV 3.0.”
Patrícia Rego, diretora de afiliadas da Rede Globo.
Com melhor qualidade de imagem, mais conteúdo e interatividade, a TV 3.0 é uma TV muito mais conectada. A expectativa é que, enquanto assiste, o telespectador possa acessar mais informações sobre a atração, fazer comentários, conferir quais dos amigos também estão assistindo e até realizar compras.
Com a novidade, um dos objetivos é a produção de um conteúdo cada vez mais regionalizado, focado no perfil e na cultura de cada região.
“As afiliadas trazem o regionalismo, o localismo. Elas é que têm o conhecimento local, elas que vão, na verdade, formar junto com a Globo o que vai ser essa TV do futuro, e que tem uma regionalidade, que tem uma capilaridade, que nenhuma plataforma de streaming tem, com o mesmo alcance que a Rede Globo tem com suas afiliadas.”
Patrícia Rego, diretora de afiliadas da Rede Globo.
Fazer parte das discussões sobre esse novo ciclo da televisão brasileira só reforça uma tendência natural da RMC em fazer parte da vanguarda da comunicação, salienta o diretor de tecnologia da RMC (Rede Morena de Comunicação), Luis Botelho.
“Um diferencial da Rede Matogrossense de Comunicação foi sempre estar à frente do seu tempo. É uma missão, está no DNA da RMC, desde a sua fundação pelo senhor Ueze Elias Zahran. Lá atrás, fomos uma das primeiras emissoras a aderir ao sistema HD, e agora já começamos a trilhar esse planejamento da TV 3.0, que vai rejuvenescer a forma de ver e interagir com a televisão, tornando-a mais atual, mas sem deixar de lado as nossas pessoas, o nosso sotaque. Tecnologia unida à humanidade, ao localismo.”
Luis Botelho, diretor de tecnologia da RMC.
O diretor de conteúdo da RMC, Marcello Rosa, comenta que a transição para a TV 3.0 trará desafios, mas também inovações que irão proporcionar uma nova revolução na forma como se consome e se produz televisão.
“É uma nova era na comunicação, na publicidade, na forma de disseminar conteúdo e principalmente de gerar engajamento da audiência. Do ponto de vista de conteúdo, eu acredito que vai ser fantástico porque vamos poder valorizar ainda mais o local, as pessoas se identificam com a comunidade delas, com o bairro delas. E quando a TV consegue fazer isso, consegue se aproximar, ela cria relevância, gera audiência, gera identidade.”
Marcello Rosa, diretor de conteúdo da RMC.
Seja no jornalismo, na publicidade ou na produção de entretenimento, a TV 3.0 continuará sendo acessível, só que mais tecnológica, personalizada, com ainda mais qualidade de som e imagem, ressalta o diretor-geral da RMC, Nicomedes Filho.
“Nós vamos entrar numa nova era, a era da TV verdadeiramente conectada, que vai levar o nosso veículo, o nosso negócio, para outro patamar. Vamos estar verdadeiramente no mundo digital, mas continuará sendo gratuita, acessível a todos os nossos sul-mato-grossenses e mato-grossenses.”
Nicomedes Filho, diretor-geral da RMC.