Ucrânia diz que forças russas executaram cinco prisioneiros de guerra

CNN Brasil


O Comissário Parlamentar de Direitos Humanos da Ucrânia, Dmytro Lubinets, afirmou neste domingo (22) que tropas da Rússia teriam executado cinco prisioneiros de guerra ucranianos.

Lubinets publicou na rede social Telegram que as forças russas atiraram EM cinco soldados desarmados após capturá-los. Ele não deu mais detalhes, mas informou que relatará esse fato à Organização das Nações Unidas (ONU).

“Criminosos de guerra russos que atirarem em prisioneiros de guerra ucranianos devem ser levados ao Tribunal Internacional e julgados com a punição mais severa prevista em lei”, declarou Lubinets.

A Rússia não comentou imediatamente sobre o assunto, mas negou, anteriormente, ter cometido crimes de guerra.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

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