O governo italiano reafirmou nesta segunda-feira (23) que vai seguir com seu polêmico plano de deter solicitantes de asilo em centros na Albânia, buscando soluções “inovadoras” para reduzir a imigração irregular para a Europa.
A primeira-ministra de direita Giorgia Meloni fechou acordo com seu homólogo Edi Rama no ano passado para enviar à Albânia parte dos imigrantes resgatados no mar pela Itália, visando desencorajar partidas da África.
O plano, contudo, encontrou oposição judicial nos últimos meses. Juízes levantaram dúvidas sobre a conformidade com a lei da União Europeia e determinaram que os dois primeiros grupos de imigrantes detidos nos centros fossem transferidos para a Itália, deixando as instalações vazias.
Após reunião com seus principais ministros nesta segunda-feira, o gabinete de Meloni disse que eles “reiterado a firme intenção de continuar trabalhando, juntamente com os parceiros da UE… nas chamadas ‘soluções inovadoras’ para o fenômeno da migração”.
Somente os migrantes do sexo masculino provenientes de uma lista de países seguros elaborada pelo governo são elegíveis para serem enviados à Albânia. Eles podem então ser repatriados mais rapidamente após um exame acelerado e, na maioria dos casos, a rejeição de seus pedidos de asilo.
Na semana passada, a Suprema Corte italiana disse que o governo tinha o direito de dizer quais países podem ser listados como seguros para repatriação. Meloni disse que a decisão reforçou a convicção do governo de que o esquema albanês seria levado adiante.