Exército de Israel força saída de pacientes de hospital em Gaza, dizem médicos

CNN Brasil


Soldados de Israel forçaram a desocupação do Hospital Indonésio no norte da Faixa Gaza e muitos pacientes, alguns deles a pé, foram para outro hospital a quilômetros de distância na Cidade de Gaza, disse o Ministério da Saúde do território palestino nesta terça-feira (24).

O Hospital Indonésio é um dos poucos da Faixa de Gaza que funcionam parcialmente na extremidade norte, uma área que está sob intensa pressão militar israelense há quase três meses.

Israel afirma que sua operação em torno das três comunidades do norte de Gaza ao redor do hospital — Beit Lahiya, Beit Hanoun e Jabalia — tem como alvo combatentes do Hamas.

Por sua vez, os palestinos acusam Israel de tentar despovoar permanentemente o norte de Gaza para criar uma zona de proteção, o que o governo de Benjamin Netanyahu nega.

Munir Al-Bursh, diretor do Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, que é administrada pelo Hamas, pontuou que o Exército israelense ordenou que os funcionários do hospital o desocupassem na segunda-feira (23), antes de invadi-lo nas primeiras horas desta terça forçar os que estavam dentro a sair.

Ele destacou que duas outras instalações médicas no norte de Gaza, os hospitais Al-Awda e Kamal Adwan, também são alvo de ataques frequentes por tropas israelenses.

As forças israelenses têm operado nas proximidades do hospital Kamal Adwan desde segunda-feira, disseram os médicos.

Um oficial da área de segurança israelense ressaltou que a área é um reduto do Hamas.

“Kamal Adwan está no centro dos combates mais complexos em Jabaliya. Estamos sendo muito cuidadosos”, disse.

Autoridades dos três hospitais recusaram ordens de Israel para desocupar suas instalações ou deixar pacientes sem atendimento desde que a nova ofensiva militar começou em 5 de outubro.

Israel destaca que tem facilitado a entrega de suprimentos médicos, combustível e a transferência de pacientes para outros hospitais no território palestino durante esse período em colaboração com agências internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Hussam Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan, informou que eles resistiram a uma nova ordem do Exército para retirar centenas de pacientes, seus acompanhantes e funcionários, acrescentando que o hospital tem estado sob constante fogo de Israel, que danificou geradores, bombas de oxigênio e partes do prédio.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.



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