Uma criança morre a cada hora em Gaza, alerta diretor de agência da ONU

CNN Brasil


Uma criança morre a cada hora em Gaza, segundo o chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), Philippe Lazzarini, citando dados da ONU.

Em 14 meses de um intenso cerco israelense, mais de 14.500 crianças foram mortas e milhares ficaram feridas, disse a UNICEF em uma recente declaração.

“Uma criança morre a cada hora. Estes não são números. Estas são vidas truncadas”, disse Lazzarini em um post nas redes sociais na segunda-feira (23).

“Matar crianças não pode ser justificado. Aqueles que sobrevivem têm cicatrizes físicas e emocionais. Privados de aprendizado, meninos e meninas em Gaza estão entre os escombros”, acrescentou.

Desde 7 de outubro de 2023, mais de 45.000 palestinos morreram em Gaza pela ação bélica de Israel, segundo o ministério da saúde de Gaza.

Em novembro, um relatório da ONU disse que os civis, incluindo crianças, “suportaram o peso dos ataques, ‘cerco completo’ e as várias formas de bloqueio contínuo por parte das FDI (Forças de Defesa de Israel) de Gaza, através de níveis sem precedentes de assassinatos, morte, ferimentos, fome, doença, deslocamento, detenção e destruição”.

Entenda os conflitos envolvendo Israel

No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.

A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.

Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.

Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.





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