Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, junto da empresa Nexus, apontou que 59 milhões de brasileiros pretendem viajar neste verão, período que vai de dezembro de 2024 até fevereiro de 2025. O número representa mais de um terço de toda a população brasileira (35%).
Os números mostram que a expectativa de movimentação é de R$ 148,3 bilhões nesta época, com gasto médio de R$ 2.514,00 declarados pelos entrevistados. Este dado revela uma alta de 34% em relação ao verão anterior, quando a média de gasto era de R$ 1.877,00. As informações são da pesquisa Tendências de Turismo Verão 2025 – comportamento da população brasileira.
Entre os principais destinos das viagens, a grande maioria dos entrevistados (97%) escolheu um viajar pelo território brasileiro. A praia é o principal atrativo, preferido por mais da metade dos brasileiros (54%) na hora de decidir onde passar as férias, bem à frente das outras opções. Após o favoritismo praiano, estão as atrações de natureza/ecoturismo (10%), em segundo lugar, seguidas por aventura e saúde/bem-estar, ambos com 5%.
Já as atrações rurais/campo e históricas e culturais registram 4% cada, seguidos por diversão noturna, com 3%. Os esportes motivam apenas 2% dos viajantes, igual o turismo gastronômico. Os passeios religiosos/espirituais, os que contemplam frio ou neve e os que são representados por compras registram somente 1% cada. A opção “outros” foi escolhida por 8% e 1% não sabe ou não respondeu.
Estados preferidos
De acordo com o estudo, a Bahia deve ser o estado mais visitado, escolhido por 16% dos entrevistados, 4 pontos percentuais do que foi registrado no último verão. São Paulo aparece logo atrás, com 15%, seguido pelo Rio de Janeiro (14%). Além da Bahia, outros três estados registraram expectativa de alta de turistas, como a Paraíba, que subiu de 2% para 7%, Sergipe, de 1% para 4% e Santa Catarina, de 9% para 12%.
“O turismo brasileiro vive um momento de bons resultados para o setor e a temporada de verão será decisiva para um 2025 ainda melhor. A pesquisa contribui tanto para entender quais destinos devem receber mais turistas na alta temporada, como identificar potenciais a serem explorados. Os brasileiros seguem valorizando as belezas naturais do país e vão passar mais tempo de férias, além de gastar mais, melhorando a economia dos estados”, afirma o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Em relação ao transporte, o carro próprio é a opção mais recorrente, com 40% de preferência. Ônibus e avião são outras opções, com 28% e 27% de escolha, respectivamente. Outros 10% vão optar por carro alugado, 1% por barco ou navio e 3% escolheram a resposta “outros”.
Apesar do alto número de pessoas que escolheram o transporte aéreo, 55% deles ainda não tinham comprado a passagem de avião quando foram entrevistados, em outubro. Na ocasião, 21% compraram a passagem entre julho e outubro, 17% no primeiro semestre e apenas 1% no ano passado. Outros 5% não sabiam ou não responderam.
A média do tempo de viagem neste verão é de 12 dias, segundo a pesquisa e o lugar preferido para hospedagem para quase metade dos entrevistados (47%) é a casa de amigos e parentes. Outros 25% optaram por hotéis e 17% por pousadas. Os serviços de hospedagem como Airbnb são a escolha de 5%, seguidos por resort (3%), apart hotel (2%). Além destes, albergue e camping, aparecem ambos com 1%. A opção “outros” foi escolhida por 5%.
Entre aqueles que não vão viajar no verão, 15% têm alguma viagem a lazer prevista para os próximos 12 meses e outros 57% não têm. O principal motivo para ficar em casa no período para 44% é a falta de condições financeiras, seguido por valor da passagem ou da hospedagem, que contempla 17% e falta de planejamento, com 15%.
Os motivos que aparecem em sequência são não ter tempo ou férias no período (14%) e não ter interesse (10%). Outros 8% não vão viajar no verão por questões de saúde, 6% por preocupações com segurança, 5% por ser alta temporada, ou seja, pelo fato dos locais estarem muito cheios, 3% devido ao trânsito nas estradas e rodovias e 1% por considerar as estradas ruins. A opção “outros” foi escolhida por 5% e 6% não souberam ou não responderam.
Para realização da pesquisa, foram realizadas 5.542 entrevistas domiciliares com cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação, entre os dias 14 e 28 de outubro de 2024. A taxa de confiança é de 95%.