Presidente da Coreia do Sul falta a segundo interrogatório sobre Lei Marcial


O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, ignorou nesta quarta-feira (25) uma segunda intimação de autoridades anticorrupção que, junto com promotores, estão investigando o decreto de Lei Marcial que ele tentou impor no país no início deste mês.

Yoon não compareceu para interrogatório até as 10h, no horário local, neste dia de Natal, conforme solicitado pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível (CIO), após ignorar sua primeira intimação na semana passada.

Um funcionário da agência disse que continuaria esperando por Yoon nesta quarta, acrescentando que precisaria revisar o caso mais detalhadamente antes de buscar um mandado de prisão, informou a agência de notícias Yonhap.

Um funcionário de uma unidade de investigação conjunta, da qual o CIO faz parte, afirmou a repórteres mais tarde que não havia recebido resposta de Yoon nem um documento para a nomeação de seu advogado até as 18h, no horário local. A unidade conduziria uma revisão e decidiria sobre outras ações, ainda segundo o funcionário.

Yoon também não respondeu em 15 de dezembro a uma outra intimação de promotores que estão investigando a declaração da Lei Marcial, relatou a Yonhap.

Seok Dong-hyeon, advogado e amigo de longa data de Yoon Suk Yeol, disse a repórteres na terça-feira (24) que era improvável que o presidente comparecesse ao interrogatório desta quarta, acrescentando detalhar que condições ainda não haviam sido atendidas.

Seok destacou que Yoon está disposto a apresentar suas opiniões pessoalmente durante os procedimentos legais relacionados à declaração da Lei Marcial.

Oposição critica presidente da Coreia do Sul

O descumprimento de Yoon às intimações e a falta de comparecimento ao interrogatório geraram críticas e pedidos da oposição por sua prisão, citando preocupações sobre a potencial destruição de evidências.

Em um discurso televisionado em 7 de dezembro, quatro dias após a declaração da lei marcial, Yoon pontuou que não fugiria da responsabilidade legal e política por suas ações.

Ele foi acusado pelo Parlamento em 14 de dezembro por sua breve imposição da Lei Marcial e agora deve enfrentar um julgamento no Tribunal Constitucional sobre se deve removê-lo do cargo ou restaurar seus poderes presidenciais.

Promotores, a polícia e o escritório de investigação de corrupção lançaram investigações sobre Yoon e outros oficiais, buscando acusações de insurreição, abuso de poder ou outros crimes.

Insurreição é uma das poucas acusações para as quais um presidente sul-coreano não tem imunidade.

Quem é Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Tempo não muda em São Paulo: sexta-feira tem alerta para grande volume de chuva

A 4 dias da chegada de um novo ano, a cidade de São Paulo vive…

Voluntários que limpam vazamento de petróleo no Mar Negro pedem ajuda a Putin

Os voluntários que ajudam a limpar o derramamento de petróleo na costa do Mar Negro…

Queda de ponte: produtos químicos só serão retirados do rio após o fim das buscas por desparecidos

A retirada de recipientes de compostos químicos do Rio Tocantins só será iniciada após o…