O novo primeiro-ministro da França, Francois Bayrou, declarou nesta segunda-feira (30) que a eletricidade vai ser restaurada para todas os lares no arquipélago de Mayotte, duramente atingido por tempestades, até o fim de janeiro, e a reconstrução de favelas não será permitida.
A lentidão no envio de ajuda e os atrasos na chegada de água potável e eletricidade têm revoltado os moradores do território ultramarino mais pobre da França, localizado entre Madagascar e Moçambique, a cerca de 8 mil km de Paris.
Bayrou, cujos primeiros dias no cargo foram marcados pelo ciclone Chido, a pior tempestade a atingir as duas principais ilhas de Mayotte em 90 anos, viajou para o arquipélago nesta segunda-feira para anunciar uma série de novas medidas emergenciais de reconstrução, chamadas de “Mayotte de Pé”.
O projeto de lei emergencial especial incluirá medidas para proibir o tipo de habitação improvisada que era predominante antes da tempestade e será apresentado em uma reunião de gabinete no dia 3 de janeiro e enviado ao Parlamento nas próximas duas semanas, informou Bayrou.
“Não podemos deixar este arquipélogo se tornar a capital das favelas”, expressou ele aos repórteres. “Não se trata de reconstruir como era, precisamos desenhar um futuro diferente para Mayotte”, afirmou.
O premiê não explicou como irá realocar os milhares de moradores, muitos deles imigrantes sem documentos vindos das vizinhas Comores, que viviam em favelas nas encostas formadas por barracos precários antes da tempestade e que já começaram a reconstruí-los.
O número oficial de mortos permanece em 39.
