O analista sênior de internacional da CNN, Américo Martins, avaliou como acertada a decisão do presidente dos Estados Unidos Joe Biden de relembrar os ataques ao Capitólio em seu discurso de despedida.
Segundo Américo, é crucial que os americanos não esqueçam os eventos de 6 de janeiro de 2021, considerado “o dia mais tenebroso da história da democracia americana”.
O comentário foi feito no contexto da certificação da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que ocorre em uma sessão conjunta do Congresso.
O analista destacou que este evento, normalmente um procedimento burocrático, ganhou uma importância histórica após os acontecimentos de quatro anos atrás.
O retorno de Trump e suas implicações
O analista ressaltou que, ironicamente, Donald Trump, que não agiu contra os invasores do Capitólio e hoje ameaça conceder anistia aos envolvidos, voltando à Casa Branca com força política renovada.
“Trump nunca esteve tão forte, nunca esteve tão popular nos Estados Unidos”, afirmou Américo.
Ele alertou para as possíveis consequências de uma anistia aos envolvidos nos ataques:
“Ele vai agir de uma forma que, eventualmente, pode abrir espaço para outros alucinados no futuro voltarem a atacar a democracia americana”, pontuou.
A necessidade de defender a democracia
Martins enfatizou a importância de defender a democracia não apenas nos Estados Unidos, mas em todos os lugares.
Ele criticou a lentidão da justiça americana em punir os líderes dos ataques, embora centenas de pessoas tenham sido julgadas.
“Os ataques contra a democracia nos Estados Unidos não foram um evento trivial e deveriam ter sido punidos de maneira muito mais forte”, concluiu o analista, reiterando que a possível anistia de Trump a esses indivíduos seria “um erro político histórico”.
