Moscou relata conquista de cidade ucraniana enquanto conflitos se intensificam

CNN Brasil


A Rússia declarou nesta segunda-feira (06) que fez um avanço importante no leste da Ucrânia, embora blogueiros de guerra russos tenham dito que as forças de Moscou continuavam a se defender de um ataque ucraniano dentro do próprio território.

O ministério da defesa russo disse que as forças capturaram a cidade de Kurakhove, 32 km ao sul de Pokrovsk, um centro logístico ucraniano em direção ao qual as forças russas têm avançado há meses.

A pasta também afirmou que tomar Kurakhove, que resistiu por muitas semanas, permitiria que as forças de Moscou acelerassem o ritmo de seu avanço na região de Donetsk, na Ucrânia e anunciou que havia capturado Dachenske, um assentamento a oito quilômetros de Pokrovsk.

O grupo de monitoramento ucraniano DeepState, que rastreia a linha de frente usando fontes abertas, mostrou a maior parte de Kurakhove sob controle russo.

 

O grupo de forças Khortytsia da Ucrânia relatou que as forças russas continuaram a atacar Kurakhove, mas o lado ucraniano estava trabalhando para identificar e repelir grupos de assalto russos naquela parte da frente.

Blogueiros de guerra russos contaram que a Ucrânia estava atacando a região de Kursk pelo segundo dia. Um deles descreveu a situação como preocupante.

A Ucrânia começou uma nova ofensiva no domingo (05) em Kursk, onde suas forças atravessaram a fronteira em 06 de agosto e, nos últimos cinco meses, resistiram às tentativas russas de expulsá-las.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que suas forças repeliram os primeiros ataques ucranianos no domingo, ao norte de uma rodovia que vai em direção à capital regional Kursk.

Os dois lados estão lutando para melhorar suas posições no campo de batalha antes que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que prometeu dar um fim rápido à guerra de quase três anos, tome posse em 20 de janeiro.

A principal conquista da Ucrânia nos últimos cinco meses de luta foi capturar e manter uma fatia de território dentro da região de Kursk da Rússia, o que poderia fornecer a ela uma importante moeda de troca em possíveis negociações de paz.

A Ucrânia não revelou detalhes da nova ofensiva que lançou na região, embora um alto funcionário tenha dito que a Rússia está “recebendo o que merece”.

Relatos russos ressaltaram que as forças de Moscou repeliram os ataques ucranianos iniciais, mas novas ondas eram esperadas. A Reuters não conseguiu verificar as atualizações do campo de batalha de nenhum dos lados.

“Claro, este não é o fim, estamos registrando uma concentração de equipamento inimigo em outra direção e, naturalmente, entendemos que ele (Ucrânia) tentará atacar nesta direção. Agora, não direi onde”, exclamou o major-general Apti Alaudinov, comandante de uma unidade chechena lutando pela Rússia em Kursk.

Papel Norte-coreano

Avaliações ucranianas e ocidentais sugerem que cerca de 11 mil tropas da Coreia do Norte, aliada da Rússia, foram enviadas para a região de Kursk para dar suporte às forças de Moscou. A Rússia não confirmou nem negou sua presença.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pontuou na segunda-feira que mais de mil tropas norte-coreanas foram mortas ou feridas. A Reuters não tem acesso à zona de guerra de Kursk e não pode verificar os números de baixas.

Reagindo à nova ofensiva ucraniana, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a União Europeia reafirmaram o apoio a Kiev.

“A Ucrânia tem o direito de se defender e, sob a lei internacional, esse direito se estende além de suas fronteiras”, assegurou a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, em uma declaração à Reuters.

Segundo ela, a guerra ilegal de Moscou contra a Ucrânia “incluiu vários ataques russos originários da região de Kursk. Então, as forças militares da Rússia são alvos legítimos sob a lei internacional.”

Um porta-voz do Departamento de Estado americano afirmou no domingo: “Estamos comprometidos em colocar a Ucrânia na posição mais forte possível no campo de batalha, incluindo o aumento da assistência de segurança e a utilização de todos os recursos disponíveis autorizados pelo Congresso”.

A Grã-Bretanha disse que apoiaria a Ucrânia “pelo tempo que for preciso”.



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Big Day vem aí! Divulgação dos participantes do BBB 25 tem data marcada

Está ansioso (a) para saber quem estará no BBB 25? O Big Day vai te…

Incêndios na Califórnia fecham trechos de rodovias importantes

Trechos das principais rodovias no sul da Califórnia estão fechados enquanto chamas alimentadas pelo vento…

Chuva forte impede avião de pousar em Sinop

A chuva intensa que atingiu Sinop, a 503 km de Cuiabá, nesta terça-feira (7) causou…