A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse que “hoje, a democracia da América [Estados Unidos] prevaleceu”, em referência à conclusão pacífica da certificação da vitória de Donald Trump pelo Congresso do país nesta segunda-feira (6).
Mais cedo nesta segunda, ela presidiu a sessão conjunta da Câmara e do Senado dos EUA que validou a vitória de Donald Trump. JD Vance, companheiro de chapa do republicano e vice-presidente eleito, estava na sala. Ele é senador do estado de Ohio.
A democrata ressaltou que a transição pacífica de poder, assim como aconteceu na cerimônia, deve ser a “norma” e é um dos pilares da democracia do país.
“Hoje, fiz o que fiz minha carreira inteira, que é levar o juramento a sério, que fiz diversas vezes, de apoiar e defender a Constituição dos Estados Unidos”, comentou.
“Acredito muito fortemente que a democracia dos Estados Unidos só é tão forte quanto a nossa disposição de lutar por ela”, adicionou.
Em 6 de janeiro de 2021, quando o Congresso americano se reuniu para tentar validar a vitória de Joe Biden sobre Donald Trump, apoiadores do republicano invadiram o Capitólio.
A sessão de certificação daquele ano precisou ser interrompida. Os congressistas conseguiram retornar ao Capitólio e retomar a certificação apenas horas depois.
Por que Kamala Harris teve papel-chave na certificação de Trump?
Ao final da contagem dos votos dos delegados, o presidente do Senado anuncia os resultados. Quem lidera o Senado americano é o vice-presidente do país, por determinação da Constituição.
Assim, neste caso, quem presidiu a sessão de certificação foi Kamala Harris, candidata derrotada por Trump no último pleito.
Ela não foi a primeira vice-presidente a confirmar a própria derrota. Em 2001, por exemplo, o vice-presidente democrata Al Gore presidiu a contagem da eleição de 2000, na qual ele perdeu para o republicano George W. Bush.