A administração do presidente dos Estados Unidos Joe Biden vislumbra a possibilidade de finalizar um acordo de trégua em Gaza nesta semana, com ambos os lados políticos dos EUA empenhados em garantir seu sucesso.
Segundo o analista sênior de Internacional da CNN Américo Martins, tanto Joe Biden quanto o presidente-eleito Donald Trump buscarão créditos caso as negociações sejam bem-sucedidas.
Martins destaca que os dois líderes americanos estão trabalhando em conjunto para viabilizar o acordo.
Steven Metzkoff, enviado especial selecionado por Trump, acompanhou as negociações no Catar e conversou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, levando mensagens diretas do presidente-eleito.
Plano de cessar-fogo em fases
O possível acordo prevê um plano de cessar-fogo implementado em etapas, permitindo que ambos os lados demonstrem boa vontade e comprometimento.
O processo incluiria a libertação inicial de reféns, retirada gradual das tropas israelenses, libertação de prisioneiros palestinos e aumento da ajuda humanitária em Gaza.
Apesar das esperanças, Martins ressalta que a situação permanece delicada.
“Nós vamos ver uma troca de prisioneiros e uma troca de reféns com a existência do Hamas e com a presença de soldados israelenses em Gaza, então a situação é muito delicada, muitos fatores infelizmente ainda podem dar errado”, afirma o analista.
A pressão americana sobre ambos os lados foi fundamental para os avanços nas negociações.
O Hamas, em particular, busca evitar um início conturbado nas relações com a futura administração Trump.
Contudo, permanecem incertezas sobre as garantias oferecidas pela nova administração americana ao governo israelense para assegurar o acordo.
Apesar dos desafios, Martins conclui com otimismo: “Pela primeira vez desde o início dessa guerra, nós temos uma esperança real de atingir um cessar-fogo e a libertação dos reféns que continuam nas mãos do Hamas”.