Blinken revela plano pós-guerra para Gaza que deve ser entregue à equipe de Trump

CNN Brasil


O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, apresentou nesta terça-feira (14) planos para a gestão da Faixa de Gaza após a guerra. Ele pontuou que o governo de Joe Biden entregará esse documento para a equipe de Donald Trump para caso haja um cessar-fogo.

Durante fala em Washington em seus últimos dias como o principal diplomata dos Estados Unidos, Blinken afirmou que o governo imaginou uma Autoridade Palestina reformada liderando a Faixa de Gaza que convidaria parceiros internacionais para ajudar a estabelecer uma administração interina para o território.

Uma força de segurança seria criada por forças de nações parceiras e palestinos “examinados”, destacou o secretário durante o discurso, que foi repetidamente interrompido por manifestantes que o acusaram de apoiar o que chamaram de genocídio de Israel contra os palestinos em Gaza — algo que o governo israelense nega.

A declaração acontece enquanto negociadores se reúnem no Catar na esperança de finalizar um plano para acabar com a guerra em Gaza após 15 meses de conflito que abalou o Oriente Médio.

“Por muitos meses, temos trabalhado intensamente com nossos parceiros para desenvolver um plano pós-conflito detalhado que permitiria a Israel se retirar totalmente de Gaza, impedir o Hamas de preencher novamente [o vácuo de poder] e prover a governança, segurança e reconstrução de Gaza”, explicou Blinken.

Trump e sua equipe não disseram se implementariam o plano.

O principal diplomata americano ressaltou que um plano pós-conflito e um “horizonte político confiável para os palestinos” são necessários para garantir que o Hamas não ressurja.

Os Estados Unidos alertaram Israel repetidamente que o Hamas não poderia ser derrotado apenas por uma campanha militar, segundo ele.

“Avaliamos que o Hamas recrutou quase tantos novos combatentes quanto perdeu. Essa é uma receita para uma insurgência duradoura e guerra perpétua”, concluiu.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.



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