O ex-vereador Tiago Vargas agora faz parte da nova composição do Executivo. A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), colocou o correligionário como assessor especial na recém-criada Secretaria Especial de Articulação Regional, com salário que pode chegar a R$ 15 mil.
Isso porque o símbolo DCA-1, conforme a tabela de dezembro de 2024 disponível no Portal da Transparência da Prefeitura, tem remuneração de até R$ 15.148,35 por 240 horas mensais trabalhadas. A nomeação foi publicada em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) na noite desta terça-feira (14).
Dentre os comissionados, esta é a posição que ocupa o segundo lugar no ranking dos mais bem pagos, perdendo apenas para quem está no grupo AGP-2 que recebe até R$ 17.369,58. Tiago, que esteve por dois mandatos na Câmara Municipal da Capital, não concorreu nas eleições de 2024 porque está inelegível.
Em setembro passado, às vésperas do pleito, a Justiça Eleitoral indeferiu sua candidatura. O pedido de indeferimento partiu do MPE (Ministério Público Eleitoral) que pontuou a demissão do parlamentar em 2020. Ele era agente de polícia judiciária e foi demitido por infrações “ético-profissionais”.
Fato que não se enquadra nos quesitos da legislação eleitoral. Segundo o texto, servidores demitidos por processos administrativos devem ficar impossibilitados de se eleger por oito anos.
O ex-vereador enfrentou o mesmo problema nas eleições de 2022, quando conseguiu votos o suficiente para ocupar uma das 24 cadeiras da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), porém teve os votos invalidados devido ao mesmo motivo.