Hamas e Israel aprovam acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza

CNN Brasil


O governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos, disse uma fonte à CNN. 

O acordo não foi anunciado formalmente, mas, segundo apuração da CNN, o Hamas e grupos aliados devem libertar 33 reféns na primeira fase. Em troca, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos.

As negociações para chegar à segunda fase – que visa acabar com a guerra – começariam no 16º dia da implementação do acordo.

O escritório de mídia do Hamas na Faixa de Gaza está dizendo aos moradores do território para não se deslocarem até o início oficial do cessar-fogo.

“O Escritório de Mídia do Governo pede aos cidadãos honrados que não se movam antes do início oficial do cessar-fogo e que obtenham informações sobre o momento do cessar-fogo de fontes oficiais”, destacou o grupo radical em comunicado à imprensa.

Em uma declaração anterior, o grupo afirmou que havia consultado grupos aliados sobre o que havia sido proposto pelos mediadores.

“O movimento lidou com esse assunto com total responsabilidade e positividade, decorrente de seu dever para com nosso povo firme e resiliente na Faixa de Gaza, para parar a agressão sionista contra eles e pôr fim aos massacres e genocídios que eles estão enfrentando”, destacaram.

O que está no acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas?

Segundo apuração da CNN, o acordo que estava sendo negociado deve ser implementado em três fases.

Na primeira fase, seriam libertados 33 reféns mantidos pelo Hamas e seus aliados desde 7 de outubro de 2023. Em troca, Israel libertaria “muitas centenas” de prisioneiros palestinos, de acordo com uma autoridade israelense.

Saiba detalhes nesta matéria.

Local de ataque israelense em Nuseirat, região central da Faixa de Gaza 11/12/2024 REUTERS/Abd Elhkeem Khaled • REUTERS

Trump diz que reféns serão soltos “em breve”

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (15) que os reféns detidos pelo Hamas serão “liberados em breve”.

“TEMOS UM ACORDO PARA OS REFÉNS NO ORIENTE MÉDIO. SERÃO LIBERADOS EM BREVE. OBRIGADO!”, postou Trump na Truth Social.

Quantos reféns estão sob posse do Hamas?

O Hamas e seus aliados detêm 94 pessoas tiradas de Israel em 7 de outubro de 2023. Pelo menos 34 delas estão mortas, de acordo com o governo israelense, embora o número real deva ser maior.

O Hamas mantém mais quatro reféns que estão em cativeiro desde 2014, pelo menos dois dos quais estão mortos.

Dos 94 reféns de 7 de outubro, 81 são homens e 13 são mulheres, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelense. Duas são crianças menores de cinco anos.

Quanto às nacionalidades, 84 são israelenses, oito são tailandeses, um é nepalês e um é tanzaniano.

Israel mantém pelo menos 10 mil prisioneiros palestinos, de acordo com a Comissão de Assuntos de Detentos e a Sociedade de Prisioneiros Palestinos — embora esse número não inclua um número desconhecido de palestinos capturados na Faixa de Gaza.

Essa quantidade inclui 3.376 pessoas mantidas sob detenção administrativa, o que significa que não houve acusações públicas contra elas nem julgamento, incluindo 95 crianças e 22 mulheres.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.



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