Israel e Hamas chegaram a um acordo que pode levar a um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza. O documento pactua os termos para o cessar-fogo temporário de 42 dias previsto na primeira das três fases previstas para o fim da guerra no enclave palestino.
Esta etapa inclui a libertação escalonada de 33 reféns que estão em cativeiros do Hamas em troca de mais de 100 palestinos detidos em prisões israelenses. As tropas de Israel também sairão das áreas mais povoadas do enclave palestino. O acordo ainda prevê a entrada irrestrita de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
A comunidade internacional celebrou o anúncio de cessar-fogo temporário desta quarta-feira (15). Mas foi uma euforia cautelosa.
A interrupção da guerra está longe de representar o fim da disputa territorial na região. Israel segue construindo novos assentamentos ilegais nos territórios palestinos. E os moradores da Faixa de Gaza e da Cisjordânia demonstram cada vez mais apoio à radicalização armada.
Durante a primeira fase do acordo, a liderança do Hamas e o governo de Israel vão negociar os detalhes das fases dois e três para garantir que o cessar-fogo temporário se torne permanente.
Esse modelo partiu de um rascunho apresentado no ano passado pelo presidente americano, Joe Biden. Assessores do presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também participaram da última rodada de negociações.
A expectativa dos negociadores é de que o cessar-fogo temporário comece no domingo (19). O gabinete de guerra de Israel ainda precisa aprovar o plano.
Parte do grupo é formada por ministros de extrema direita, que tentam derrubar o acordo e defendem a anexação permanente dos territórios palestinos.
a guerra entre o Hamas e Israel começou em sete de outubro de dois mil e vinte e três, quando o grupo palestino invadiu comunidades no sul do país e matou mais de mil e duzentas pessoas num único dia.
Em seguida, as Forças de Defesa de Israel ocuparam a faixa de gaza numa operação que matou mais de 46 mil palestinos.