Duas mulheres foram presas, nesta segunda-feira (20), como suspeitas de atearem fogo em Pamela Mirella, de 31 anos, em Campo Grande. A vítima, que está internada em estado gravíssimo na Santa Casa, teve 90% do corpo queimado durante ataque nesse domingo (19).
Conforme as informações do boletim de ocorrência, Pamela e as suspeitas trabalham como garotas de programa em uma boate. Durante a madrugada do domingo, as três brigaram devido aos trabalhos realizados durante a noite.
Com a confusão criada na boate, a dupla foi até um posto de gasolina, comprou um galão de gasolina e foram até a casa de Pamela. Ao encontrá-la no portão da residência, as suspeitas despejaram o combustível no corpo e na casa da vítima e atearam fogo.
Pamela, que é natural do interior de Goiás, foi socorrida com 90% do corpo queimado. A vítima foi encaminhada em estado gravíssimo para a Santa Casa. O hospital não informou o quadro clínico atualizado da mulher até a última atualização deste material.
Prisões
As suspeitas foram presas, após familiares e amigos das vítimas informarem à Polícia Civil sobre o local onde as duas estavam. A dupla foi encontrada por uma equipe plantonista e por policiais da DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Conforme a investigação, as suspeitas estavam em uma pensão específica para transexuais que trabalham como garotas de programa na capital sul-mato-grossense.
As suspeitas foram autuadas pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e com emprego de fogo, na forma tentada.
O ataque
À Polícia Militar, um homem que socorreu Pamela detalhou como ocorreu o ataque. Ele estava na frente da residência da vítima, quando a dupla chegou no local com um galão de gasolina e começou a despejar o combustível.
Após despejar toda a gasolina, uma das mulheres fechou a porta de grade que fica na porta da residência, ateou fogo com um isqueiro e saiu correndo do local.
Na sequência, a mesma mulher que trancou Pamela dentro de casa com o fogo retornou ao local com um facão. A testemunha impediu a suspeita de atacar a vítima novamente.
Em depoimento aos policiais, a testemunha disse que a suspeita e a vítima teriam discutido na noite anterior em uma boate, decorrentes dos serviços como garotas de programa.