Sucuris são flagradas em bolo reprodutivo às margens de rio paradisíaco


Revisitar os registros feitos ao longo dos anos é uma das partes mais prazerosas do trabalho do guia de turismo Vilmar Teixeira. Atuando em Bonito (MS) há anos, o profissional já registrou várias sucuris, incluindo um bolo reprodutivo entre as serpentes. Veja o vídeo abaixo.

O registro compartilhado com o Primeira Página foi feito em 2022, às margens do rio Formoso, um afluente cristalino que compõe uma paisagem paradisíaca. O vídeo que flagra o momento raro entre as serpentes também foi compartilhado por Vilmar nas últimas semanas nas redes sociais.

Para o guia, ver os animais em um momento íntimo é sinal de que a natureza está seguindo o rumo certo, além de evidenciar a integração entre animais e seres humanos na cidade, considerada a capital do ecoturismo brasileiro.

“É impressionante ver um animal assim. A gente fica abismado com o tamanho das serpentes. Estamos indo no caminho certo, caminho de preservação. Se você preservar, poderá ver muitos outros animais no habitat. Vão continuar o ciclo das sucuris, conseguimos ver a partir do símbolo da reprodução”.

Vilmar Teixeira, guia de turismo.

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Bolo reprodutivo de sucuris

Bolo de sucuris é visto às margens de rio de Bonito. (Imagem: Vilmar Teixeira).

O bolo reprodutivo é o nome popular para o período de reprodução das sucuris. Durante o processo, a fêmea atrai, por meio de feromônios, diversos machos ao mesmo tempo, criando uma formação conhecida como “bolo de sucuris”, onde os répteis se enroscam em uma disputa que pode durar dias.

A complexidade desse comportamento surpreende pela resistência dos participantes.

O objetivo é claro: somente o macho mais forte consegue copular com a fêmea, garantindo que sua genética seja passada adiante. A sucuri fêmea, maior que os machos, controla o ritmo e o desfecho do ritual.

Durante o período, a luta pela reprodução pode envolver até oito machos simultaneamente. Após o acasalamento, a fêmea entra em um período de gestação que dura cerca de sete meses.

Durante o tempo, a cobra não se alimenta, utilizando as reservas de gordura acumuladas anteriormente. Em casos extremos, há registros de fêmeas que mataram e consumiram os machos após o ritual, garantindo assim energia suficiente para sustentar o processo gestacional.



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