Retorno de Donald Trump à Casa Branca impacta planos da COP 30


O presidente Lula definiu que o diplomata e economista André Corrêa do Lago será o presidente da COP 30, que acontece em novembro, na cidade de Belém.

André assume com o desafio de gerenciar o encontro diante de uma guinada na política ambiental dos Estados Unidos a partir da chegada de Donald Trump ao poder.

André foi o principal negociador do Brasil nas últimas duas cúpulas climáticas. O diplomata era secretário de clima, energia e meio ambiente do Ministério de Relações Exteriores desde o início do terceiro mandato do presidente Lula.

O economista defende um pacto nacional para garantir a unidade dos interesses brasileiros durante a COP 30. Dez meses antes do início do evento, Corrêa do Lago já esbarra em dificuldades na preparação do encontro.

Uma das primeiras medidas de Donald Trump após tomar posse como presidente dos Estados Unidos foi retirar o país do Acordo de Paris, conforme já tinha feito no seu mandato anterior.

A resolução, que completa dez anos, busca limitar o aquecimento global abaixo em até 1,5 °C.

Trump também decretou emergência energética nacional, buscando ampliar ainda mais a exploração de petróleo e gás fóssil do país. Mesmo antes da posse do republicano, os americanos já eram os maiores extratores desses combustíveis fósseis no mundo.

Com a cúpula do clima neste ano, a expectativa era de aprimorar e implementar as políticas para conter a geração de gases do efeito estufa. Agora, com o novo governo Trump, este planejamento está sob risco.

“Estamos todos ainda analisando as decisões do presidente Trump, mas não há a menor dúvida que terá um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como vamos ter que lidar com que um país tão importante está se desligando desse processo”, afirmou Corrêa do Lago.

Mesmo assim, o objetivo do Brasil na cúpula é convencer os países presentes a integrar redes de financiamento climático global. A prioridade será garantir o andamento da nova meta coletiva qualificada, assinada durante a COP 29, em Baku, no Azerbaijão.

O programa prevê que nações desenvolvidas repassem recursos para países em desenvolvimento, buscando reduzir as emissões de gases poluentes. A previsão é que fossem arrecadados US$ 300 bilhões por ano até 2035.



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