O Pantanal mato-grossense, com sua rica biodiversidade surpreende até os mais experientes. Desta vez, o protagonista é o biguá (Nannopterum brasilianum), uma ave aquática que é simbólica na região pro ser um ótimo pescador. Transitando entre o ar e a água, o biguá se alimenta tanto de peixes, que captura com precisão nos rios, quanto de insetos, aproveitando a vasta oferta alimentar das planícies alagadas.
O fotógrafo Mateus Rauber, frequentador assíduo da região de Porto Jofre, em Poconé, a 104 km de Cuiabá, teve a oportunidade de registrar um belíssimo flagrante do biguá em seu habitat natural durante a semana passada. Veja:
O fotógrafo, que costuma compartilhar seus registros da região em suas redes sociais, comemorou o encontro com a ave pescadora.
“O biguá é uma figura emblemática do Pantanal,” comenta Rauber. “Sua capacidade de se adaptar a diferentes ambientes, buscando alimento tanto na água quanto no ar, é realmente impressionante. Fico feliz em poder compartilhar esse momento com as pessoas.”
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O registro de Rauber destaca a beleza e a importância do biguá para o ecossistema pantaneiro. A ave, com sua plumagem escura, aproveita o banquete oferecido pelas cheias que atingem a região.
De acordo com o biólogo João Biagini, esse pássaros são bem comuns na América Central e do sul, e no Pantanal eles se alimentam muito de peixes.
“Tenho algumas fotos bem bacanas desse pássaro. Ele não quebra a pele de peixes como cascudo com o bico, ele engole o peixe todo”, afirmou o profissional.
Veja a distribuição do pássaro em território brasileiro:
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