Uma operação da Polícia Militar Ambiental e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) para demolir uma construção irregular em área de mata nativa deixou uma criança de 2 anos ferida por estilhaços de vidro e causou danos em diversas casas no Jardim Virgínia, em Guarujá (SP), na última sexta-feira (24).
Segundo relatos de Nicoly Esmelindro, mãe do garoto ferido, não houve isolamento adequado da área, assim como aviso prévio à comunidade ou garantia de desocupação das residências vizinhas.
“Estamos indignados com a falta de planejamento e responsabilidade na condução da operação. A explosão destruiu nossas casas e deixou pessoas feridas. Exigimos respostas e responsabilização por esse ocorrido”, afirmou Nicoly.
O pai da criança afirmou que o menino passa bem.
Moradores gravaram o momento da explosão. Veja abaixo:
A filha da proprietária do terreno que foi demolido contou à CNN que a família possui todos os documentos necessários para a construção, incluindo o contrato de compra e venda do terreno. “Minha mãe adquiriu esse terreno há muitos anos e a área sempre foi considerada habitável. Várias casas já foram construídas aqui, e a nossa estava quase finalizada”, afirma.
Em nota, a Polícia Militar informou que notificou formalmente os moradores das proximidades sobre a operação e que um perímetro de segurança com mais de 100 metros foi estabelecido para garantir a segurança de todos.
A PM assegura que a quantidade de explosivo utilizada foi “cuidadosamente calculada” para ser a mínima necessária para demolir a construção de forma segura, sem causar danos desproporcionais ao entorno.
Sobre a construção irregular, a PM ressaltou que a obra demolida já havia sido notificada anteriormente devido às irregularidades encontradas e que diversas construções irregulares já foram autuadas pelas equipes.
* Sob supervisão