dicas para uma adaptação tranquila


O retorno às aulas marca o início de um novo ciclo para estudantes de diferentes idades. Para muitos, as primeiras semanas são um momento de alegria e celebração, principalmente pela oportunidade de reencontrar amigos e compartilhar experiências vividas nas férias.

Comunicação empática na volta às aulas: dicas para uma adaptação tranquila. (Foto: Freepik)

Mas, para outros estudantes, a volta às aulas pode ser um verdadeiro desafio. A mudança de turma ou a troca de ambiente escolar podem gerar um sentimento de solidão, principalmente para aqueles que têm dificuldades para fazer novas amizades ou que são mais tímidos. É importante que todos, desde os colegas de classe e pais, até professores e funcionários da escola, tenham em mente a importância de uma comunicação empática.

Gestos de acolhimento na escola 

Para os mais introvertidos, o simples ato de um colega ou educador se aproximar, sorrir e iniciar uma conversa pode fazer toda a diferença. Um gesto de acolhimento, um olhar gentil ou uma palavra amiga podem aliviar o desconforto de quem está se sentindo excluído ou inseguro nesse novo começo de ano letivo. Para ajudar um colega tímido a se sentir mais à vontade, basta um sorriso acolhedor, um olhar de compreensão ou um simples “olá” para iniciar uma interação.

A empatia não se limita ao convívio entre estudantes. Para os professores, o cuidado com a comunicação também é essencial. Muitos alunos, especialmente os mais jovens, podem estar passando por um processo de adaptação mais difícil e se sentirem inseguros ao voltar à rotina escolar.

É fundamental que o professor, ao perceber sinais de desconforto ou dificuldade, busque promover um ambiente de apoio, onde todos se sintam acolhidos. Dedicar atenção individual ao aluno, perguntar sobre seu bem-estar ou convidá-lo para participar de atividades em grupo, ajudam a construir um ambiente de confiança e respeito.

Comunicação e compreensão entre pais e filhos

A psicóloga Caren Lima, que atuou por mais de 20 anos como professora, avalia que os primeiros dias de aula são frequentemente marcados por timidez, insegurança e medo do novo, fatores que, quando em níveis elevados, podem gerar sintomas de ansiedade.

Caren destaca que os pais desempenham um papel fundamental nesse processo de adaptação. Ela ressalta a importância de os pais terem uma escuta ativa, que significa dedicar tempo para ouvir verdadeiramente o que os filhos têm a dizer, sem julgamentos ou imposição de pontos de vista. Quando os pais conseguem ajudar os filhos a entender as razões por trás de suas emoções, tornam-se aliados essenciais no processo de adaptação e enfrentamento das dificuldades do retorno às aulas.

Caren Lima
A psicóloga Caren Lima reforça a importância da conversa entre pais e filhos. (Foto: Arquivo Pessoal)

A psicóloga enfatiza que as palavras dos pais têm grande impacto no bem-estar emocional dos filhos. Ao perguntar como os filhos estão se sentindo, os pais abrem um espaço para que as crianças e adolescentes expressem suas emoções.

Frases como “eu sei que pode ser desafiador no começo, mas tenho certeza de que você vai encontrar seu ritmo” são importantes porque validam os sentimentos de ansiedade e oferecem uma mensagem de apoio e confiança.

Por outro lado, Caren ressalta que é importante evitar declarações como “a escola é sua obrigação, então se acostume logo”, que podem minimizar as emoções da criança e gerar estresse. Além disso, frases que impõem pressões excessivas, como “você tem que ser o melhor da turma neste ano”, podem aumentar a ansiedade e prejudicar a autoestima da criança ou do jovem, especialmente no início do ano letivo.

A volta às aulas é um período de adaptação que exige atenção e compreensão por parte de pais, escola e alunos. Com uma comunicação empática, escuta ativa e acolhimento, é possível tornar esse processo mais tranquilo e ajudar as crianças e adolescentes a lidarem melhor com os desafios emocionais que surgem. Como Caren Lima destaca, “validar os sentimentos dos filhos e fornecer apoio genuíno é o melhor caminho para ajudá-los a se sentir mais seguros e confiantes durante a volta às aulas”.

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