Santa Catarina registra 2,8 mil ataques de águas-vivas em uma semana

CNN Brasil


O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) registrou, entre os dias 21 e 27 de janeiro, 2.849 ocorrências relacionadas a ataque de águas-vivas.

A maior parte dos casos envolvendo águas-vivas foi efetuada pelo 4º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), que atua nas praias de Passo de Torres, Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva e Balneário Rincão, com um total de 1.603 ocorrências.

Em seguida, o 10º BBM, que cobre as praias de Palhoça e Governador Celso Ramos, marcou 517 casos. O 1º BBM, que atende as praias de Florianópolis, contabilizou 380 incidentes.

Segundo dados divulgados pelos bombeiros, no mesmo período em 2024, o 8º BBM (responsável por praias como Laguna e Garopaba) liderou as ocorrências com 917 casos, enquanto o 4º BBM somou 874 e o 1º BBM registrou 705.

Em 2023, os números também foram elevados, com 1.008 registros no 4º BBM, 823 no 8º BBM e 785 no 1º BBM.

O oceanógrafo e professor Charrid Resgalla Jr., da Escola Politécnica da Univali, afirmou que a quantidade de águas-vivas nos últimos dias está abaixo da média histórica, com base em análises realizadas ao longo de 10 anos.

De acordo com o oceanógrafo, o aumento da incidência de águas-vivas é comum, especialmente quando o vento sul persiste por dois ou três dias, o que favorece o transporte da espécie “Reloginho” para as praias.

Espécies frequentes em SC

As águas-vivas mais comuns no litoral catarinense são a Água-Viva Reloginho (Olindias sambaquiensis) e a Caravela Portuguesa (Physalia physalis).

A Água-Viva Reloginho, quase invisível aos banhistas, costuma causar ardência moderada e está mais presente entre os meses de fevereiro e março, enquanto a Caravela Portuguesa, de veneno mais potente, provoca lesões mais graves, com dor intensa e reações que podem exigir atendimento médico.

O litoral sul do estado continua sendo a região com mais registros, uma vez que sua geografia mais exposta facilita a chegada das águas-vivas. A forma retilínea das praias facilita o transporte dessas criaturas marinhas, o que aumenta as ocorrências, principalmente nos finais de semana.

Na esquerda vemos a Água-Viva Reloginho e na direita a Caravela Portuguesa • CBMSC/Leo Lagos/Portal de Zoologia

Saiba o que fazer em caso de lesão

  • Ao sentir ardência ou visualizar a água-viva na água, saia imediatamente do mar
  • Procure o posto de guarda-vidas mais próximo
  • Não use água doce, urina ou outros líquidos no ferimento. A urina é contraindicada porque sua acidez pode aumentar a sensação de queimadura e causar infecções devido à presença de bactérias
  • Lave apenas com água salgada
  • Solicite vinagre no posto de guarda-vidas. O produto é cientificamente comprovado para aliviar os sintomas

Conforme a gravidade, o guarda-vidas poderá acionar uma ambulância.



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