O Parlamento da Alemanha rejeitou nesta sexta-feira (31) um projeto de lei da oposição que previa o endurecimento da política de imigração, dois dias após os conservadores da oposição serem acusados de violar pela primeira vez um acordo de não cooperação com a extrema-direita.
O líder da oposição, Friedrich Merz, afirmou que a nova lei seria uma resposta necessária a uma série de assassinatos em espaços públicos por pessoas de origem imigrante. Os conservadores lideram as pesquisas para a eleição antecipada de 23 de fevereiro.
Uma moção semelhante apresentada por ele, não vinculante, foi aprovada na quarta-feira (29) graças ao apoio de parlamentares da Alternativa para a Alemanha (AfD), provocando uma onda de protestos do público, de políticos e até mesmo de alguns membros de seu próprio partido por uma suposta violação do acordo de não trabalhar com a extrema-direita.
Uma pesquisa da DeutschlandTrend para a televisão pública revelou que 67% dos eleitores apoiam os controles permanentes de fronteira, incluindo mais da metade dos partidários dos social-democratas do chanceler Olaf Scholz.