Na tarde deste sábado (1º), por volta das 12h30, o furto de cerca de 100 metros de cabos de alta tensão foi registrado no Shopping Popular de Cuiabá. Segundo informações do advogado da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, os criminosos levaram cabo mufla de alta tensão subterrâneo durante a forte chuva que caiu na capital.
O crime foi flagrado por alguns pessoas que passavam pelo local, que registraram imagens da ação. A diretoria do shopping tomou conhecimento do ocorrido por meio da imprensa e acionou a Polícia Militar. Apesar das buscas na área, até o momento, nenhum suspeito foi localizado.
Um local marcado pela tragédia do incêndio de 2024
O furto acontece pouco mais de seis meses após a tragédia do incêndio que destruiu o Shopping Popular, ocorrido na madrugada de 15 de julho de 2024. As chamas consumiram toda a estrutura do centro comercial em menos de 30 minutos, deixando cerca de 600 lojistas sem um local para trabalhar.
Na ocasião, as primeiras fumaças foram registradas pelas câmeras de monitoramento às 2h26. O Corpo de Bombeiros recebeu o primeiro chamado às 2h46, e chegou ao local cerca de sete minutos depois. No entanto, ao chegarem, a estrutura já estava completamente tomada pelo fogo, que se alastrou rapidamente e durou mais de 15 horas.
Após meses de espera e dificuldades, os comerciantes passaram a operar em um espaço provisório, inaugurado no dia 14 de dezembro de 2024, montado no estacionamento do Shopping Popular. A estrutura temporária conta com 216 contêineres e foi construída com um investimento de R$ 3 milhões, para atender os lojistas enquanto aguardam a reconstrução definitiva do local.
Reforço na segurança e investigação do furto
O furto dos cabos de alta tensão levanta novas preocupações sobre a segurança do espaço provisório, que já vinha sendo alvo de questionamentos após a tragédia do incêndio. A Associação dos Camelôs destaca a necessidade de um monitoramento mais rígido para evitar novos crimes que possam comprometer a infraestrutura e a segurança dos comerciantes e clientes.
A Polícia Civil investiga o caso para identificar os responsáveis pelo crime e apurar se há envolvimento de terceiros. Enquanto isso, os lojistas seguem preocupados com a vulnerabilidade do local e a necessidade urgente de medidas preventivas para garantir que episódios como esse não se repitam.
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