Corumbá celebra neste domingo, 2 de fevereiro, o dia de Nossa Senhora da Candelária, a padroeira do município. Para homenagear a Senhora da Luz, como é conhecida, os devotos se reúnem na catedral da cidade mais antiga do estado para um dia de muita oração e festa.
A celebração de hoje finaliza nove dias de oração em reverência à santa.
Segundo o padre Júlio César, a devoção a Nossa Senhora da Candelária se mistura à própria história de Corumbá. A catedral da cidade, que fica bem no centro, foi construída por Frei Mariano em 1877. Foi ele que escolheu como padroeira da igreja Nossa Senhora da Candelária.
Em 1910, foi erigida a Diocese de Corumbá, e a Senhora da Luz se tornou padroeira da Diocese e depois padroeira da cidade.
Entre os fiéis que acompanham as celebrações deste domingo, não faltam relatos de graças alcançadas por intercessão de Nossa Senhora. Joseney Ferreira Bezerra é um deles. Ele recorreu à mãe de Jesus depois de sofrer um problema de saúde em 2022.
Joseney nasceu em Corumbá e sempre foi devoto a Nossa Senhora da Candelária, mas teve a fé renovada depois do milagre de cura. “Ela me ajudou bastante. Eu continuo servindo mesmo, como mestre de cerimônia, porque eu sou muito devoto dela. Agradeço a ela, agradeço a Nossa Senhora da Candelária”.
Ademir Silva não ia à festa da padroeira desde a pandemia, mas neste 2025 decidiu agradecer pessoalmente as graças alcançadas. Por isso, saiu de Ladário de bicicleta e, depois de seis quilômetros, chegou à catedral para rezar aos pés da mãe.
Segundo ele, assim como Joseney, também recebeu a cura por intercessão de Nossa Senhora. “Tinha problema no rim, alcancei a cura”.
Para o padre Júlio César, esse carinho que lota a igreja neste domingo é fruto de amor de mãe e filho.
Além das missas solenes, os fiéis ainda podem aproveitar a quermesse e os shows, que são realizados em frente à igreja.
Nossa Senhora da Candelária
A Virgem da Candelária, ou da Luz, apareceu em uma praia na ilha de Tenerife (Ilhas Canárias, Espanha), em 1400. Os nativos guanches da ilha ficaram com medo dela e tentaram atacá-la, mas suas mãos ficaram paralisadas. A imagem foi guardada em uma caverna, onde, séculos mais tarde, foi construído o Templo e Basílica Real da Candelária. Mais tarde, a devoção se espalhou na América.