Acordos suspendem tarifas de Donald Trump


O presidente americano, Donald Trump, suspendeu por 30 dias as tarifas de importação de 25% sobre produtos do México e do Canadá. A pausa é resultado de acordos feitos nesta segunda-feira (3) com os dois países – menos de 48 horas depois da decretação das tarifas.

Os termos com o Canadá foram anunciados pelo primeiro-ministro Justin Trudeau nas redes sociais. Um plano de US$ 1,3 bilhão que inclui helicópteros, tecnologia e o envio de 10 mil agentes de segurança à fronteira para atuar no combate ao tráfico de Fentanil para os Estados Unidos, um poderoso anestésico, que já matou milhares de americanos por overdose.

No X, Trudeau afirmou: “O Canadá está se comprometendo a indicar um “Czar do Fentanil”, vamos classificar os cartéis como organizações terroristas” e “lançar uma força conjunta com os EUA  para combater crime organizado, Fentanil e a lavagem de dinheiro”.

As negociações representam uma mudança de postura do premiê. No fim de semana, Trudeau anunciou tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos e apelou aos canadenses para que comprassem apenas produtos nacionais.

Com o acordo, a guerra tarifária entre os dois países fica suspensa por pelo menos trinta dias. O mesmo aconteceu com o México. A presidente, Claudia Sheinbaum, também prometeu enviar 10 mil soldados na fronteira para barrar a imigração ilegal, além da entrada de Fentanil nos Estados unidos.

Já, a Casa Branca se comprometeu em reforçar o combate ao tráfico de armas pesadas que saem do território americano para o país vizinho. O acordo pausa por um mês as tarifas de 25% nas importações de produtos mexicanos pelos EUA impostas por Trump, mas o republicano ainda questiona o déficit comercial com o México, segundo Sheinbaum.

“Expliquei a ele que somos parceiros comerciais e que isso era consequência de sermos parceiros comerciais. Em qualquer caso, esta é a melhor forma de competir com a China e com outras regiões do mundo”, afirmou a presidente mexicana em entrevista coletiva logo após o acordo.

Com Pequim, entretanto, o impasse continua. Tarifas de importação de 10% entram em vigor nesta terça-feira (4) e mexeram com os principais mercados financeiros do mundo nesta segunda-feira (3). Nas Bolsas asiáticas, a queda variou entre 2% e 3,5%. Os principais índices norte-americanos encerraram o dia de negociações no vermelho. Investidores europeus também demonstram receio. A Bolsa que concentra os principais negócios da Europa fechou com a maior queda diária em mais de um mês.

Durante um encontro informal de líderes da União Europeia, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que haverá reação, caso Donald Trump decrete tarifas aos países do bloco. “Se formos atacados em questões comerciais, a Europa como potência que representa, tem que se fazer respeitar e reagir”, afirmou o líder francês.

 

 



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