A Corregedoria da Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público (MPSP) realizaram, na manhã desta terça-feira (4), uma operação para apreender celulares utilizados por dois policiais civis que estão presos preventivamente em São Paulo.
De acordo com a investigação, ambos utilizaram o aparelho para se comunicar com pessoas que estão do lado de fora da unidade prisional e tentar atrapalhar a investigação contra uma organização criminosa.
Segundo as apurações, os policiais coagiram um dos envolvidos a mentir durante o depoimento. A CNN apurou que os alvos foram os policiais Valdenir Paulo de Almeida, apelidado de “Xixo”, e Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”.
Os dois agentes estão presos desde setembro de 2024, acusados de chefiar uma organização criminosa dentro da Polícia Civil de São Paulo. De acordo com o MPSP, o grupo é investigado por crimes contra a administração pública, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
A polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão contra um delegado, que é suspeito de se envolver no esquema. A operação mobilizou pelo menos 80 policiais para cumprir os três mandados de busca e apreensão.
A ação foi batizada de “Video Vocacionis”, em referência à expressão videochamada em latim, já que foi desta forma que os presos contataram seu interlocutor.
*Sob supervisão