Suspeitos do desaparecimento de menina são soltos


Três meses após o desaparecimento da adolescente Marina Sofia Menezes Ventura, de 13 anos, e do encerramento oficial do caso, os três suspeitos de participação no caso tiveram suas prisões anuladas pela Justiça nessa terça-feira (4), após decisão da juíza Janaína Cristina de Almeida.

Adolescente desapareceu em outubro, no município de Diamantino. (Foto: Arquivo Pessoal)

Suspeitos em liberdade

Segundo a decisão judicial, o Mistério Público de Mato Grosso (MP-MT) entendeu que não há provas de materialidade suficientes para que a denúncia seja oferecida contra os suspeitos:

  • João Vitor da Silva de Oliveira, de 20 anos, cunhado de Marina;
  • João Alexandre Bertolino Inocêncio, homem que foi reconhecido por testemunhas como suspeito de participação no caso;
  • Pedro Miguel Rodrigues de Souza (foragido).

Com isso, João Vitor e João Alexandre, que estavam presos preventivamente até então, tiveram suas prisões revogadas e receberão habeas corpus de soltura. Enquanto isso, eles terão que cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.

Os três eram suspeitos pelos crimes, em tese, de homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver.

Além disso, a magistrada pediu, no documento, que novas investigações do desaparecimento da adolescente sejam realizadas.

Fim das investigações

Há exatos 106 dias, a adolescente Marina Sofia Menezes Ventura, de 13 anos, desapareceu da casa onde morava em Diamantino, a a 299 km de Cuiabá.

Ao fim de três meses de investigações, o caso foi oficialmente encerrado mesmo sem a jovem ter sido encontrada e o motivo do desaparecimento esclarecido pela Polícia Civil.

Segundo o delegado Marcos Bruzzi, responsável pelo caso, o prazo da investigação acabou e, por isso, foi preciso finalizar o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público – que pode pedir novas investigações, denunciar envolvidos à Justiça ou arquivar o caso.

LEIA MAIS: Marina Sofia: polícia encerra caso sem encontrar adolescente desaparecida

A mãe da adolescente, que vive a angústia do desaparecimento da filha, conversou com a reportagem e, aos prantos, pediu ajuda para encontrar Marina Sofia.

“Pelo amor de Deus, eu só quero saber onde minha filhinha está… Alguém me ajuda, preciso achar minha filha… Ela é só uma criança… Se minha filha estiver viva, eu preciso saber”, disse a mãe chorando.

Relembre o caso

Era um domingo à tarde, dia 20 de outubro de 2024, quando a mãe de Marina, Adriele Leite Menezes, foi até um estabelecimento comercial próximo de onde moravam, enquanto a adolescente e a irmã mais nova ficaram em casa.

À polícia, a mãe disse que ligou em casa, para que a ilha mais nova fosse até ela buscar um frango e quando voltou, minutos depois, a adolescente não estava mais em casa.

Foi então que as investigações iniciaram, contando com análises de câmeras de segurança do bairro Bom Jesus, onde a família mora.

Na noite daquele domingo, três homens foram vistos retirando uma pessoa, com características semelhantes às de Marina, do porta-malas de um carro em uma área de mata.

O Corpo de Bombeiros e a polícia estiveram no local e procuraram pela jovem, com a ajuda de um cão farejador, mas nada foi encontrado.

Envolvimento do cunhado e indenização

Esses depoimentos levaram à prisão do primeiro suspeito – João Alexandre Bertolino Inocêncio – em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. Durante o interrogatório, ele revelou ter sido procurado pelo cunhado de Marina – João Victor Silva de Oliveira – que lhe ofereceu R$ 25 mil para ajudar no desaparecimento da adolescente.

Conforme Marcos Bruzzi, o valor seria de uma indenização que Marina receberia devido à morte do pai, que deveria ser repartida entre os envolvidos.

Durante as investigações, a polícia ouviu mais de 20 depoimentos, entre familiares e pessoas próximas à família.

Conforme as investigações, João Victor não apresentou um álibi consistente para o horário do desaparecimento e deixou a cidade logo após o sumiço de Marina.

Imagens de câmeras de segurança revelaram que ele saiu de casa às 11h30, vestindo uma camisa vermelha, e retornou por volta das 13h30, usando uma camisa preta.

“Ele saiu com uma camisa vermelha e retornou com uma camisa preta. Em depoimento, não soube explicar o motivo da troca”, afirmou o delegado.

O delegado também afirma que os responsáveis pelo desaparecimento tinham informações privilegiadas, já que retiraram Marina em um intervalo muito curto, no momento em que ela estava sozinha na residência.



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Vídeo: nuvem cinza cobre a cidade de Santos

Um vídeo gravado na última segunda-feira (3) do alto de um prédio na cidade de…

Gato-mourisco é mais um a ser encontrado morto após atropelamento

Mais uma morte de animal foi registrada na BR-262, rodovia que coleciona diversos outros casos…

Irã está disposto a dar “chance“ à diplomacia de Trump, diz autoridade

O Irã está pronto para dar aos Estados Unidos uma chance de resolver as disputas…