Especialista: Mundo está vivendo a destruição do sistema internacional


Em uma análise sobre o cenário geopolítico atual, o pesquisador de Harvard e professor da Universidade Federal Fluminense, Vitelio Brustolin, alertou para a crescente erosão do sistema internacional estabelecido após a Segunda Guerra Mundial.

Em entrevista à CNN, Brustolin destacou como as ações de potências globais têm sistematicamente minado os princípios fundamentais da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Nós estamos vendo a destruição do sistema internacional pós Segunda Guerra”, afirmou o especialista, ressaltando que este processo não é recente.

Segundo ele, a Carta da ONU, documento fundador da organização datado de 1945, tem sido repetidamente violada por nações envolvidas em conflitos internacionais.

Violações históricas e atuais

Brustolin apontou exemplos históricos e contemporâneos dessa tendência.

“Já na década de 50, os países que se envolviam em conflitos internacionais não cumpriam o artigo 27 da Carta da ONU, que diz que os países envolvidos em conflitos têm que se abster de votar no Conselho de Segurança”, explicou.

O professor citou casos mais recentes, como a invasão do Iraque pelos Estados Unidos e Reino Unido sem autorização do Conselho de Segurança, e as ações da Rússia na Crimeia e na Ucrânia.

“A Rússia também não pediu autorização nenhuma para invadir a Crimeia ou a Ucrânia em 2022, pelo contrário, ela desobedeceu a Corte Internacional de Justiça”, ressaltou.

Impacto na ordem mundial

A análise de Brustolin sugere que essas violações repetidas estão corroendo a base do sistema internacional de governança.

O desrespeito às instituições como a ONU e seus órgãos subsidiários, como o Conselho de Direitos Humanos, do qual os Estados Unidos recentemente se retiraram, indica uma tendência preocupante de desvalorização das estruturas multilaterais.

O especialista alerta que essa erosão do respeito às normas internacionais pode levar a um cenário de maior instabilidade global, onde as potências agem cada vez mais de forma unilateral, ignorando os mecanismos estabelecidos para a resolução pacífica de conflitos e a manutenção da ordem mundial.

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