Loja de Cuiabá usa bom humor para driblar crise causada por obras do BRT


Uma loja de roupas, localizada na Avenida Miguel Sutil em Cuiabá, encontrou uma forma inusitada de chamar a atenção dos clientes em meio aos desafios provocados pelas obras do BRT (Bus Rapid Transit). Com uma faixa promocional bem-humorada, o comerciante, Antonio Mackson, anunciou descontos em calças de um forma completamente inusitada.

(Foto: Marcella Vieira/ Primeira Página)

Ao Primeira Página, Antonio disse que a obra tem afetado significativamente o movimento da loja, tornando necessário um esforço extra para atrair consumidores.

“Todos nós estamos sentindo bastante. Sabemos que a obra trará benefícios quando for concluída, mas o momento é difícil. A ideia foi criar algo que chamasse a atenção e ajudasse a movimentar as vendas”, explicou o comerciante.

Comércio sente os impactos das obras

O cenário desafiador não é exclusivo do bairro Jardim Leblon. Uma pesquisa recente realizada pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Cuiabá revelou que 90% dos empresários ao longo da Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA) relataram impactos negativos nas vendas devido às obras do BRT.

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Obras do BRT (Foto: Reprodução)

Entre os entrevistados, 87% registraram queda no volume de vendas e no faturamento, com uma redução média de 36%. Além disso, 83% dos comerciantes afirmaram que o fluxo de clientes diminuiu.

Para enfrentar a situação, 33% das empresas adotaram novas estratégias de venda, 23% ajustaram o horário de funcionamento e 13% precisaram reduzir o quadro de funcionários.

Em duas de cada 10 empresas, houve demissões.

Obra pode demorar ainda mais

Em uma reviravolta no cenário das obras do BRT, o Governo de Mato Grosso anunciou nesta quarta-feira (5) a rescisão do contrato com o Consórcio BRT, empresa responsável pela execução do projeto.

A decisão foi motivada pelo descumprimento do contrato, estimado em R$ 468 milhões, que pode acarretar em uma multa de R$ 54 milhões ao consórcio.

O governo alega que o Consórcio BRT executou apenas 18% das obras em dois anos e três meses, período em que o contrato deveria ter sido cumprido.

Enquanto as negociações seguem, comerciantes como Antonio continuam buscando alternativas para atrair clientes e manter seus negócios ativos, mostrando que, mesmo em meio às dificuldades, a criatividade pode ser uma grande aliada.



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