Uma vistoria no almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde de Dourados revelou um grande desperdício de insumos médicos, que deveriam ter sido distribuídos para Unidades de saúde em Dourados.
O prefeito Marçal Filho e o secretário de Saúde, Márcio Figueiredo, acompanharam a inspeção e constataram que diversos materiais essenciais, como seringas, luvas, filmes para raio-X e equipamentos odontológicos, estão vencidos e precisarão ser descartados.
Segundo Figueiredo, o montante de insumos perdidos totaliza cerca de R$ 445.960,87. Além disso, a prefeitura ainda terá que arcar com os custos da destinação correta desses resíduos hospitalares.
Durante a vistoria, publicada nas redes sociais, o prefeito expressou indignação com a situação e relembrou as reclamações frequentes da população sobre a falta de materiais médicos nas unidades de saúde.
“Enquanto a população padece e os profissionais, muitas vezes, não podem realizar os atendimentos por falta de material, deparamo-nos com essa situação lastimável”, declarou Marçal Filho.
Entre os materiais vencidos encontrados no almoxarifado estão:
- 75 mil potes para coleta de urina e fezes
- 500 kg de filmes para raio-X e mamografia
- Escovas cervicais para exames preventivos
- Seringas e agulhas para aplicação de medicamentos
- Materiais odontológicos para restauração e tratamento de canal
- Cateteres para sonda nasogástrica
- Conjuntos de nebulização para inalação em crianças
- Aventais descartáveis
- Luvas cirúrgicas
- Registro de gás para equipamentos hospitalares
Além da perda financeira, a prefeitura terá que contratar uma empresa especializada para realizar o descarte correto dos materiais vencidos.
O custo para essa operação é estimado em R$ 7 a R$ 8 por quilo de resíduo hospitalar, totalizando aproximadamente R$ 16 mil para descartar as duas toneladas de produtos acumuladas no almoxarifado.
O secretário de Saúde, Márcio Figueiredo, explicou que a falta de controle na distribuição dos insumos foi um dos principais fatores para a perda desses materiais. Segundo ele, a nova administração já implementou medidas para evitar que a situação se repita.
“Para fazer uma compra de qualquer tipo de insumo é preciso de um planejamento necessário daquilo que será consumido em um determinado período. Outra questão, o almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde precisa trabalhar em parceria com o almoxarifado da Funsaud, que administra o Hospital da Vida e UPA, isso não acontecia, mas desde 1º de janeiro isso mudou”, afirmou Figueiredo.
A prefeitura também anunciou que está em andamento um processo de licitação para a compra de novos insumos e medicamentos, com prazo estimado de até 100 dias para a reposição dos itens em falta nas unidades de saúde.
Assista a transmissão feita pelo prefeito de Dourados: