Quatro meses depois de sobreviver às tragédias dos incêndios no Pantanal sul-mato-grossense, o tamanduá Luizinho está de volta ao lar. O animal foi solto na Reserva Caiman, mesmo local em que foi resgatado com queimaduras graves nas quatro patas, em agosto do ano passado.
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Luizinho foi encontrado fraco e extremamente desidratado. Desde então, ele recebeu tratamento no Instituto Tamanduá.
Conforme a coordenadora do projeto, Flávia Miranda, neste período, o tamanduá foi medicado e recebeu até tratamento com pele de tilápia, abordagem comumente adotada em queimaduras em humanos.
Rica em colágeno, a pele de tilápia protege a superfície da pele, impede a perda de água, diminui o risco de infecções e, portanto, auxilia na recuperação das queimaduras.
Com a recuperação concluída, o animal recebeu um colar de monitoramento e foi solto na Reserva Caiman, no início de janeiro. Os pesquisadores irão monitorar Luizinho por cerca de 2 anos para garantir uma recuperação total do animal.
Vídeo publicado pelo Instituto mostra o momento em que o tamanduá se depara com o lar, antes devastado pelo fogo, agora tomado novamente de verde.
O Instituto Tamanduá, que há 20 anos atua na proteção de tamanduás, tatus e preguiças, já realiza estudos e pesquisas na fazenda Caiman há alguns meses e está angariando fundos para que, em breve, tenha uma base no local.