O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou um aumento de 25% nas tarifas de importação de aço e alumínio. Ele também afirmou que não fará exceções nessa nova imposição.
Esse é mais um capítulo da guerra comercial de Trump. As novas taxas devem afetar principalmente o Canadá e o México, alguns dos principais exportadores de metais para os Estados Unidos.
O republicano já tinha aplicado as mesmas tarifas ao longo do primeiro mandato e depois abriu exceções para países como Brasil, Reino Unido e Japão.
No mercado externo, tanto o aço quanto o alumínio subiram nas negociações. As ações de empresas siderúrgicas também ajudaram o desempenho das bolsas dos Estados Unidos, registrando forte alta.
O anúncio de tarifas universais, no entanto, mostra outra mudança no discurso do republicano. Na semana passada, Trump negou que faria esse tipo de taxação em produtos e matérias-primas.
E, ainda nesta semana, promete anunciar novas taxas recíprocas a todos os parceiros comerciais americanos.
Líderes ao redor do mundo adotaram diferentes tons de respostas. A Comissão Europeia deixou claro que vai reagir ao “tarifaço” do republicano.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, endossou a posição. “Uma coisa é clara: qualquer um que imponha tarifas, deve esperar tarifas de retaliação.”, disse Scholz. O premiê da França, Emmanuel Macron, afirmou que a União Europeia precisa estar preparada para as taxas de Trump. Mas enfatizou que “tem boas relações e um diálogo franco” com os EUA.
Por outro lado, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, pregou cautela às reações.
Na Ásia, lideranças da Coreia do Sul realizaram reuniões de emergência para discutir medidas que mitiguem o impacto das novas taxas de Trump.
No lado americano, especialistas apontam que as tarifas devem pressionar ainda mais os preços para os consumidores do país. Entre os produtos mais impactados estariam veículos novos e componentes para computadores.
