Nesta segunda-feira (10), a Polícia Federal (PF) assumiu a investigação de forma integral do desabamento da Igreja São Francisco de Assis, que fica no Pelourinho, em Salvador. Na última quarta (5), uma turista de 26 anos morreu e cinco pessoas ficaram feridas.
Em nota enviada a imprensa, a PF afirmou que, até então dividia essa função com a Polícia Civil da Bahia, mas ficou à frente por se tratar de imóvel tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Nesse período, a PC coletou depoimentos de testemunhas do desabamento. A PF aguarda que as informações sejam totalmente compartilhadas “Ainda não recebemos todo o material da Polícia Civil, pois estão com diligências em andamento. Não temos como precisar o número de policiais envolvidos, pois são vários peritos especialistas na área, agentes, escrivães, papiloscopistas e delegados no caso”, disse a nota.
Ainda segundo a Polícia Federal eles tiveram acesso a imagens de segurança do local, mas não há prazo para o inquérito ser concluído. “Por se tratar de uma perícia complexa, não é possível dar um prazo exato de término. Por enquanto, as imagens não serão divulgadas, pois estão no interesse da investigação, que é sigilosa”.
Iphan
O Iphan, autarquia vinculada ao Ministério da Cultura, também nesta segunda, divulgou que a última vistoria técnica do órgão no local foi em maio de 2024. Na ocasião, não foram identificados indícios de “risco iminente na estrutura da igreja, capaz de provocar o desabamento da forração do teto, o que também foi atestado por fiscalizações da Defesa Civil da Bahia”.
Com o objetivo de evitar novas tragédias, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que o Iphan na Bahia e à Ordem Primeira de São Francisco adotassem medidas emergenciais.
O Iphan apontou que vai realizar a contratação das obras emergenciais que englobarão escoramento, estabilização, acesso e segurança do monumento e dos trabalhadores envolvidos. Também nessa etapa, conforme o instituto, serão realizados os trabalhos de diagnóstico, triagem, catalogação, higienização, proteção e armazenagem das estruturas e bens artísticos que serão restaurados e remontados já em outra fase do processo.
Ainda no comunicado, o Iphan fala que já havia contratado, por R$ 1,2 milhão, uma empresa especializada para elaboração do projeto de restauração completa do complexo formado pela igreja e convento de São Francisco de Assis.
