Na terça-feira (11), o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pediu ao Hamas que continue com a libertação planejada de reféns. O apelo acontece um dia depois de o grupo militante palestino anunciar sua intenção de interromper a troca.
“Devemos evitar a todo custo a retomada das hostilidades em Gaza, que levariam a uma imensa tragédia”, disse ele em um comunicado.
Na segunda-feira (10), o Hamas anunciou que interromperia a libertação de reféns israelenses até novo aviso, devido ao que chamou de violações israelenses de um acordo de cessar-fogo em Gaza, aumentando o risco de reacender o conflito.
O Hamas deveria libertar mais reféns israelenses no sábado, em troca de prisioneiros palestinos e outros palestinos detidos por Israel, como aconteceu nas últimas três semanas.
Uma delegação israelense retornou de Doha para negociar a próxima fase do cessar-fogo em Gaza, informou o escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na segunda-feira, em meio a crescentes dúvidas sobre o processo mediado pelo Egito e pelo Catar para encerrar a guerra em Gaza.
“Ambos os lados devem cumprir totalmente seus compromissos no acordo de cessar-fogo e retomar as negociações em Doha para a segunda fase”, acrescentou Guterres.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na segunda-feira que o Hamas deveria liberar todos os reféns mantidos pelo grupo militante em Gaza até o meio-dia de sábado, ou ele proporia cancelar o cessar-fogo entre Israel e Hamas e “deixar o inferno acontecer”.
O alto funcionário do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse à Reuters na terça-feira que o presidente dos EUA, Donald Trump, deve lembrar que a única maneira de trazer os prisioneiros israelenses de volta é respeitar o cessar-fogo entre Israel e Hamas.
