Agência diz que foi barrada na Casa Branca por usar termo “Golfo do México”

CNN Brasil


A Associated Press (AP) alegou que a Casa Branca barrou um repórter da agência de assistir à cerimônia de assinatura de uma ordem executiva no Salão Oval na terça-feira (11) pelo fato de o grupo continuar usando o termo Golfo do México ao invés de Golfo da América.

A AP afirmou em um comunicado que foi informada na terça (11) que se “não alinhar os padrões editoriais com a ordem executiva do presidente Donald Trump que renomeia o Golfo do México como Golfo da América, a AP será impedida de acessar o Salão Oval”.

Na ocasião, Donald Trump, presidente dos EUA, assinou uma ordem executiva orientando as agências do país a trabalharem com o Departamento de Eficiência do Governo (DOGE), pasta comandada pelo bilionário Elon Musk, para reduzir o número de funcionários e limitar as contratações.

O objetivo da ação é diminuir o tamanho do governo federal. A sessão contou também com uma coletiva de imprensa com Musk.

“É alarmante que a administração Trump puna a AP pelo jornalismo independente”, declarou Julie Pace, editora executiva da Associated Press, em um comunicado.

“Limitar o nosso acesso ao Salão Oval com base no conteúdo do discurso da AP não só impede gravemente o acesso do público às notícias independentes, como viola claramente a Primeira Emenda (Constitucional dos EUA)”, continuou.

Associated Press continua usando “Golfo do México”

A posição da AP sobre a ordem de Trump referente à mudança de nome do Golfo da América é de que o serviço de notícias “se referirá ao Golfo pelo nome original, ao mesmo tempo que reconhecerá o novo nome que Trump escolheu”.

A agência acrescentou que a posição é essa porque o Golfo leva o nome de Golfo do México “há mais de 400 anos” e que outros países e organismos internacionais não precisam reconhecer a mudança de nome.

Este não é o caso do Monte McKinley, que também teve o nome trocado por Trump. Como a área da montanha do Alasca “fica exclusivamente nos Estados Unidos” e Trump tem autoridade total para alterar o nome, a AP destacou que usará o nome Monte McKinley.

A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário.

Associação diz que bloqueio é “inaceitável”

A Associação de Correspondentes da Casa Branca (WHCA, na sigla em inglês) classificou a ação da Casa Branca como “inaceitável”.

“A Casa Branca não pode ditar a forma como as organizações de notícias divulgam as notícias, nem deve penalizar os jornalistas porque está descontente com as decisões editoriais do veículo”, ressaltou o presidente da WHCA, Eugene Daniels, em um comunicado.

A decisão da administração de proibir um repórter da Associated Press de um evento oficial aberto à cobertura de imprensa é inaceitável”.

Durante o primeiro mandato como presidente, Donald Trump chegou a revogar o acesso de imprensa do então correspondente-chefe da CNN na Casa Branca, Jim Acosta. A Casa Branca posteriormente restaurou o acesso após a CNN ter entrado com uma ação judicial.

Veja as principais ações assinadas por Trump no 1º dia de mandato



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