O Conselho Tutelar Sul, localizado no Jardim Aero Rancho, foi alvo de bandidos na madrugada deste domingo (23). Os suspeitos arrombaram a porta da frente da unidade e fizeram “um limpa” no prédio: levaram eletroeletrônicos, eletrodomésticos, utensílios domésticos, documentos e até torneiras de bebedouro e sifão das pias.
A conselheira de plantão, Gislaine Spessoto, foi avisada do crime por volta das 5 horas.
Para entrar, os bandidos arrombaram a porta da frente e reviraram o local em busca de objetos de valor.
“Entraram na recepção, na copa, e a sala mais, digamos, impactada com toda a situação foi o nosso técnico, o psicólogo. E aí levaram pertences pessoais dos conselheiros que ficavam lá, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, utensílios domésticos, que ficavam guardados nessa sala, porque lá tem meio que um depósito, e também mexeram em alguns documentos pessoais de atendimento”.
Gislaine Spessoto
Segundo a conselheira, o autor do crime levou, inclusive, as torneiras do bebedouro e todos os sifões das pias. O suspeito ainda teria tomado banho no local e deixado roupas sujas no banheiro.
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A equipe da unidade é composta por cinco conselheiras, que atendem toda a região sul da capital. Ainda não se sabe o motivo do crime, mas os servidores suspeitam de represália a um atendimento de maus-tratos e negligência feito na semana passada.
“Do tempo que o Conselho Tutelar está ali, pelo menos eu estou há um ano, um ano e meio ali, nunca tivemos nenhum problema, só que semana passada nós fizemos um atendimento, e que nós suspeitamos de represálias mediante esse atendimento que aconteceu”.
Gislaine Spessoto
No momento do crime, o prédio deveria estar sob vigilância da Guarda Civil Metropolitana; mas, segundo a conselheira, os servidores responsáveis pelo Conselho também ficam vulneráveis.
“Os nossos guardas, apesar de eles terem boa vontade, eles são bem resilientes, mas infelizmente são pessoas que muitas vezes nós teremos que, digamos assim, fazer até a proteção deles porque são idosos. Eles estão tanto no dia quanto na noite, entram às sete da noite e vão até, se eu não me engano, até as seis da manhã. E assim, são pessoas que também estão vulneráveis ali, eles não foram capacitados para GCM, eles eram vigilantes e foram enquadrados para a função, então eles não são armados, eles usam cacetete, eles também estão, digamos, de certa forma, vulneráveis”.
Gislaine Spessoto
A reportagem entrou em contato com a prefeitura para entender a situação e aguarda resposta.
O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro e deve ser investigado pela Polícia Civil. Imagens de câmeras de segurança devem ajudar a identificar os suspeitos.
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