O relatório do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (GMF/TJMT), elaborado após inspeções em 31 presídios do Estado, constatou a ausência do Estado no fornecimento de itens básicos.
Por causa disso, os presos improvisavam objetos como talher para fazerem as refeições.
Conforme o documento, garrafas de refrigerantes e de água sanitária foram reaproveitadas para servir de pratos e talheres.
A situação de talheres improvisados foi observada na Penitenciária Central do Estado (PCE).
Além do talher, os pratos de plástico em que são servidas as refeições estão quebrados e sem limpeza necessária.
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Mau cheiro
O odor fétido, comparado a “cheiro de gente apodrecendo”, nas unidades prisionais, também foi percebido na inspeção.
O forte odor das unidades havia desaparecido dos presídios de Cuiabá e de todo o Estado e agora retornou. Segundo o relatório, há dois anos, a situação voltou a ocorrer nas unidades de Cuiabá devido à ausência de produtos de limpeza.
Fechamento dos mercadinhos
A determinação do governador Mauro Mendes em fechar todos os mercadinhos que funcionavam nos presídios de Mato Grosso causou repercussão.
Isso porque vistorias e inspeções realizadas atestam que os produtos de limpeza, higiene, entre outros, fornecidos pelo Estado, não são suficientes ou são da mau qualidade.
Com o funcionamento dos mercadinhos, os presos tinham acesso aos produtos comprados pelos familiares.
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