A edição do carnaval 2025 deve ser a mais movimentada e lucrativa desde 2015, de acordo com uma projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a CNC, a festa deve movimentar R$ 12 bilhões em todo o Brasil, o número representa um crescimento de 2,1% em comparação com o ano de 2024.
Números do Ministério do Turismo, com base em informações das Secretarias de Turismo estaduais, apontam que 53 milhões de pessoas vão comemorar o carnaval pelo país. A estimativa indica um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Na Bahia, um dos principais destinos dos foliões, a expectativa é de que o estado receba 3,5 milhões de visitantes.
Em Salvador, capital da folia, são esperados 850 mil turistas e uma receita de R$ 1,8 bilhão. O número representa crescimento de 63% se comparado com o de 2024, segundo o Observatório do Turismo da Secretaria de Cultura.
Um dos mais tradicionais camarotes da capital baiana, o “Camarote Salvador”, fundado pelo empresário Luís Eduardo Magalhães Filho, completa 25 neste carnaval. A estimativa da organização é que o camarote receba 5.500 pessoas por dia durante o carnaval.
Em 2025, a estrutura do Camarote Salvador conta com mais de 10 mil m² e dois palcos. O local também conta com mirantes com vista para o Circuito Barra-Ondina, o mais famoso da Bahia.
“O Camarote Salvador nasceu para ser mais que uma festa: é um palco de experiências inesquecíveis. Chegar aos 25 anos é a prova de que inovação e tradição podem andar juntas – evoluímos sem perder a essência do Carnaval baiano”, disse o empresário Luis Eduardo à CNN. “Neste ano estamos celebrando esse marco com o melhor da música, do nosso axé ao eletrônico, com a energia que somente Salvador sabe oferecer”, comentou.
A expectativa da organização é que mais de 10 mil profissionais sejam empregados diretamente em áreas como produção, segurança, gastronomia e serviços gerais. O Camarote Salvador pretende movimentar cerca de R$ 160 milhões na economia local, um aumento de 15% em relação ao ano passado.
Mesmo com o crescimento nos números e dimensão do evento todo, o empresário ressalta que o carnaval de Salvador precisa de maior profissionalização para seguir relevante diante de outros carnavais de rua que também cresceram nos últimos anos, como São Paulo e Rio de Janeiro.
“Não podemos ignorar que o Carnaval da Bahia contrasta com uma série de desafios e que precisamos superar barreiras para manter a relevância desse negócio que transcende o aspecto festivo”, avalia Magalhães.
“É fundamental que a indústria do entretenimento se reinvente e reinvista. E todos os atores envolvidos no carnaval, incluindo o empresariado, a classe artística e principalmente o poder público, precisam se unir para um debate plural, um fórum permanente para discutir pautas relacionadas à logística, infraestrutura e segurança”, destaca o fundador do Camarote Salvador.
