Bolsa Família é para quem não pode trabalhar, diz prefeito à CNN


O prefeito de Bento Gonçalves (RS), Diogo Siqueira (PSDB), defendeu neste sábado (1º), em entrevista à CNN, o enxugamento de cadastros do Bolsa Família no Brasil. Com medidas adotadas no município para inserir os beneficiários no mercado de trabalho, Siqueira declarou que não pode aceitar que pessoas em condição de produzir recebam o auxílio.

“O que a gente quer é fazer com que todas as pessoas trabalhem. Eu acredito, de uma maneira muito sensata, que o Bolsa Família, da maneira com que ele está sendo feito no Brasil, é prejudicial para todo o país. Todas as pessoas que podem ter uma oportunidade de trabalho, que tenham saúde, elas devem trabalhar”, afirmou.

“A gente deve deixar o Bolsa Família para aquelas mães que tem 4 ou 5 filhos e que não conseguem fazer um planejamento familiar. Essas pessoas merecem. Mas eu não consigo admitir um homem saudável, com condições de trabalhar, que não tem esposa ou filhos e que esteja recebendo esse auxílio”, acrescentou.

Diogo Siqueira detalhou o planejamento adotado no município de Bento Gonçalves (RS) para diminuir o número de beneficiários de assistência social do governo.

A prefeitura faz um mapeamento das pessoas que recebem o Bolsa Família na cidade e vai até as moradias para oferecer um emprego. Trata-se de um trabalho conjunto entre o setor público com o setor privado, pois as empresas que empregam nesses casos não tem vínculo com a administração municipal.

“Não é o cortar por cortar esse benefício, nós oferecemos emprego para essa pessoa. E não é para fazer um agendamento de uma entrevista em uma empresa longe da casa deles. Eu coloco uma empresa particular, privada, o mais próximo possível da casa dessa pessoa. Eu coloco um carro da prefeitura para levar essa pessoa até a empresa. A gente faz o currículo dela, leva para fazer os exames admissionais e leva ainda no primeiro dia de trabalho, para que essa pessoa não tenha nenhuma confusão. No momento em que ela começa a trabalhar, é cortado o benefício”, explicou.

Segundo o prefeito, foram cortados cerca de 50 benefícios desde que as medidas entraram em vigor, com a inserção dos antigos beneficiários no mercado de trabalho. Outros 100 também acabaram cortados, mas por questão de dados fraudulentos.



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