Problema antigo, mas sempre recorrente durante festas de Carnaval voltou a ser alvo de reclamação em Campo Grande: o bloco dos mijões. Comerciantes alegam que o mau cheiro causado pela urina daqueles que insistem em fazer a necessidade na porta de lojas, na região central, tem causado revolta em quem precisa trabalhar em meio à sujeira.
Apesar de a prefeitura da capital ter instalado diversos banheiros químicos onde a festa acontece, muitas pessoas preferem seguir o caminho “mais fácil”, mas que atrapalha o bem-estar do próximo.
Por conta disso, a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) pediu para as autoridades mais fiscalização na área, onde estão concentradas dezenas de comércios e residências.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, homens praticam o ato em meio a várias outras pessoas que passam pela rua. Por isso, a organização ameaçou divulgar mais imagens e tornar “famosos” aqueles que insistirem em cometer o erro.
“Os lojistas já sofrem com tudo, com impostos altos, baixa movimentação em alguns períodos, e agora ainda precisam lidar com esse tipo de problema. Se a fiscalização não resolve, talvez a exposição dos rostos dos infratores ajude a coibir esse tipo de atitude. Hoje, para abrir as lojas, está um verdadeiro horror. A culpa é do mijão, não é de outra pessoa”, afirmou o presidente da CDL, Adelaido Vila.
Ainda em nota, a Câmara afirmou não ser contra a festa, mas que é preciso mais postura por parte dos organizadores e fiscalização.
“Não podemos impedir que as lojas abram durante o dia. Nesse momento, está todo mundo lá lavando calçada, lavando porta, não é justo. Então, é necessário um pouco mais de civilidade, de respeito”, finalizou Adelaido.
É crime?
Apesar de não estar especificado no Código Penal, que urinar em via pública seja crime, a ação pode ser considerada ato obsceno, prevista na Lei de Contravenção Penal pelo artigo 233. Se isso acontecer, a pessoa poderá receber pena de detenção de três meses a um ano, ou pagar multa.
Em algumas cidades, como São Paulo, o ato pode render multa de R$ 500. Em Campo Grande, não há nenhuma Lei específica sobre o assunto.