Gene Hackman e esposa morreram de causas diferentes, aponta autópsia


O ator vencedor do Oscar Gene Hackman morreu de doença cardíaca e outros fatores provavelmente dias depois que sua esposa, Betsy Arakawa, de acordo com os resultados da autópsia divulgados na sexta-feira (7) no Novo México.

Hackman estava em um estado avançado de Alzheimer e sua esposa morreu de uma síndrome rara transmitida por ratos, segundo os exames.

O ator vencedor do Oscar de 95 anos, sua esposa de 64 anos, e um de seus cães foram encontrados mortos em 26 de fevereiro em quartos separados de sua casa em Santa Fé.

A doença cardíaca de Hackman e a síndrome pulmonar por hantavírus que causaram a morte de sua esposa foram anunciadas em uma coletiva de imprensa no gabinete do xerife de Santa Fé nesta sexta.

O xerife disse aos repórteres na semana passada que um patologista determinou que o último sinal do marcapasso do ator foi de 17 de fevereiro, tornando provável que esse tenha sido o último dia de vida do ator.

Hackman e Arakawa, uma pianista, moravam em Santa Fé desde a década de 1980 e eram ativos na comunidade artística e na cena culinária da cidade.

Nos últimos anos, o casal foi visto com menos frequência na cidade, à medida que sua saúde piorava. Eles viviam uma vida reservada, disse o xerife Adan Mendoza, o responsável pela investigação das mortes.

Um zelador do condomínio descobriu o casal morto. Os delegados do xerife encontraram Hackman na cozinha. Arakawa e um cachorro foram encontrados em um banheiro, com pílulas espalhadas de um frasco de remédio aberto no balcão do cômodo.

Hackman e Arakawa pareciam ter caído repentinamente no chão e nenhum deles mostrou sinais de trauma contundente.

Uma porta foi encontrada entreaberta nos fundos da casa. Dois dos cães sobreviventes do casal a usaram para entrar e sair da casa, afirmou o xerife.

Hackman, um ex-fuzileiro naval conhecido por sua voz rouca, apareceu em mais de 80 filmes, bem como na televisão e no palco durante uma longa carreira que começou no início dos anos 1960.

Ele recebeu sua primeira indicação ao Oscar pelo papel de destaque como o irmão do ladrão de bancos Clyde Barrow em “Bonnie e Clyde”, de 1967. Ele ganhou um Oscar de melhor ator em 1972 por sua interpretação do detetive Popeye Doyle em “Operação França”, e em 1993 ganhou um Oscar de melhor ator coadjuvante por “Os Imperdoáveis”.

 



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