“Precisei de 5 minutos para me recompor”, diz perito do caso de adolescente morta

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O perito da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Luis Paoli, com 12 anos de experiência, descreveu a cena do crime como uma das mais difíceis de sua carreira. Emocionado, ele relatou a crueldade do assassinato de Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, grávida de nove meses. (Veja o vídeo no final da matéria).

Perito Luis Paoli (Foto: TVCA)

“Tenho 12 anos de perícia local e foi uma das reações mais difíceis que tive para me conter, da emoção de ver uma menina de 16 anos com o abdômen aberto, mãos presas nas costas, asfixiada. Tenho uma filha próxima a essa idade e senti um peso enorme do trabalho que a gente faz e precisei de uns 5 minutos para me recompor para voltar à cena do crime. De todas as situações que convivi, essa foi uma das cenas mais cruéis e difíceis de processar.”

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Adolescente grávida foi assassinada e teve criança roubada em Cuiabá. (Foto: reprodução)

Paoli detalhou a brutalidade do crime: Emilly foi asfixiada, teve o abdômen aberto e a criança retirada. Ela estava amarrada com as mãos para trás, e os pulsos quebrados.

4 são presos

O delegado Caio Albuquerque, da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), informou que quatro pessoas foram presas pelo crime. A investigação revelou que a adolescente foi atraída para a residência dos suspeitos por meio de redes sociais, com a promessa de receber doações para a bebê. (Vídeo abaixo mostra prisão de dois dos quatro suspeitos).

O casal foi preso ao tentar registrar a recém-nascida no Hospital e Maternidade Santa Helena, em Cuiabá. A equipe médica desconfiou da história de um parto domiciliar e acionou a polícia.

Emilly estava desaparecida desde que saiu de casa para encontrar os suspeitos na quarta-feira (12). A mãe da vítima relatou que uma mulher havia entrado em contato com a adolescente, oferecendo ajuda.

A polícia investiga a motivação do crime, que parece ter sido o roubo da criança. A bebê está sob os cuidados do Conselho Tutelar.

O delegado Albuquerque explicou que o crime de ocultação de cadáver permite flagrante a qualquer momento, o que levou à prisão do casal.

“Não é um crime de uma só mão, todos os quatro envolvidos se conhecem. Vamos individualizar as condutas e dentro das próximas horas serão enviados para a audiência de custódia”, afirma. (Assista a entrevista do delegado no vídeo abaixo).

Os quatro suspeitos se conhecem, e a polícia trabalha para individualizar as condutas de cada um.

Perito se emociona em cena do crime:



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